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Polícia britânica prende mais 2 por ataque em Londres

Os dois supostos assassinos, cidadãos britânicos de ascendência nigeriana, já eram conhecidos dos serviços de segurança antes do atentado, segundo fontes

Os dois suspeitos usaram um carro para atropelar o soldado e em seguida usaram armas brancas para atacá-lo, segundo testemunhas (REUTERS/Toby Melville)
DR

Da Redação

Publicado em 23 de maio de 2013 às 23h28.

Londres - A polícia britânica prendeu na quinta-feira mais duas pessoas por suspeita de cumplicidade com os dois homens acusados de terem matado um soldado a sangue frio na véspera, em vingança pelas guerras travadas nos países muçulmanos.

Os dois supostos assassinos, cidadãos britânicos de ascendência nigeriana, agora sub custódia das autoridades em hospitais, já eram conhecidos dos serviços de segurança antes do atentado de quarta-feira, segundo fontes de segurança. Outro homem e uma mulher, ambos de 29 anos, foram detidos por suspeita de conspiração para matar.

Um dos agressores, filmado ao lado do corpo da vítima enquanto justificava calmamente o crime e segurava com as mãos ensanguentadas as armas usadas - uma faca e um cutelo -, foi identificado por conhecidos como sendo o londrino Michael Adebolajo, de 28 anos, britânico nato convertido ao islamismo.

O ataque foi tão frenético que algumas testemunhas acharam que a dupla estava tentando decapitar e estripar a vítima, identificada como sendo um recrutador do Exército de 25 anos, com passagem pela guerra do Afeganistão.

O ataque ocorreu pouco mais de um mês depois da dupla explosão que matou três pessoas na Maratona de Boston (EUA), e foi o primeiro atentado letal cometido por militantes islâmicos na Grã-Bretanha desde que homens-bomba mataram 52 pessoas no metrô londrino, em 2005.

Especialistas dizem que os casos deste ano em Boston e Londres mostram o risco representado pelos "lobos solitários", indivíduos radicalizados, mas que não necessariamente têm contato com grupos como a Al Qaeda.

Adebolajo e o outro homem, que talvez tenha nascido no exterior e se naturalizado britânico, foram baleados pela polícia no local. Na quinta-feira, as autoridades vasculharam seis imóveis como parte da investigação.


Prevenção difícil

Uma fonte próxima à investigação disse à Reuters que Adebolajo já havia sido visto distribuindo panfletos islâmicos radicais, mas não era considerado uma ameaça séria.

Outra fonte oficial disse que as origens dos suspeitos numa metrópole multicultural - quase 40 % dos londrinos nasceram no exterior - e a simplicidade do ataque tornam a prevenção difícil.

"Exceto por ser horrivelmente bárbaro, isso foi relativamente simples de cometer", disse a fonte. "Foi bastante de baixa tecnologia, e isso é francamente bastante desafiador." Anjem Choudary, um dos mais conhecidos clérigos islâmicos da Grã-Bretanha, disse à Reuters que Adebolajo era conhecido entre os fiéis como "Mujahid" ("lutador").

"Ele costumava comparecer a algumas manifestações e atividades que realizávamos no passado".

Choudary acrescentou que há cerca de dois anos não vê Adebolajo. "Ele era pacífico, modesto, e não acho que houvesse qualquer razão para pensar que fosse fazer algo de violento", afirmou.

Os dois suspeitos usaram um carro para atropelar o soldado Lee Rigby em frente ao quartel Woolwich, no bairro homônimo do sudeste de Londres, e em seguida usaram armas brancas para atacá-lo, segundo testemunhas.

A dupla disse aos chocados transeuntes que o ataque era uma vingança por guerras travadas pela Grã-Bretanha em países islâmicos. Rigby, que tinha um filho de 2 anos e tocava percussão na banda militar, estava à paisana. Ele atualmente servia no local como recrutador do Exército.

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Um dos agressores, filmado ao lado do corpo da vítima enquanto justificava calmamente o crime e segurava com as mãos ensanguentadas as armas usadas - uma faca e um cutelo -, foi identificado por conhecidos como sendo o londrino Michael Adebolajo, de 28 anos, britânico nato convertido ao islamismo.

O ataque foi tão frenético que algumas testemunhas acharam que a dupla estava tentando decapitar e estripar a vítima, identificada como sendo um recrutador do Exército de 25 anos, com passagem pela guerra do Afeganistão.

O ataque ocorreu pouco mais de um mês depois da dupla explosão que matou três pessoas na Maratona de Boston (EUA), e foi o primeiro atentado letal cometido por militantes islâmicos na Grã-Bretanha desde que homens-bomba mataram 52 pessoas no metrô londrino, em 2005.

Especialistas dizem que os casos deste ano em Boston e Londres mostram o risco representado pelos "lobos solitários", indivíduos radicalizados, mas que não necessariamente têm contato com grupos como a Al Qaeda.

Adebolajo e o outro homem, que talvez tenha nascido no exterior e se naturalizado britânico, foram baleados pela polícia no local. Na quinta-feira, as autoridades vasculharam seis imóveis como parte da investigação.


Prevenção difícil

Uma fonte próxima à investigação disse à Reuters que Adebolajo já havia sido visto distribuindo panfletos islâmicos radicais, mas não era considerado uma ameaça séria.

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Choudary acrescentou que há cerca de dois anos não vê Adebolajo. "Ele era pacífico, modesto, e não acho que houvesse qualquer razão para pensar que fosse fazer algo de violento", afirmou.

Os dois suspeitos usaram um carro para atropelar o soldado Lee Rigby em frente ao quartel Woolwich, no bairro homônimo do sudeste de Londres, e em seguida usaram armas brancas para atacá-lo, segundo testemunhas.

A dupla disse aos chocados transeuntes que o ataque era uma vingança por guerras travadas pela Grã-Bretanha em países islâmicos. Rigby, que tinha um filho de 2 anos e tocava percussão na banda militar, estava à paisana. Ele atualmente servia no local como recrutador do Exército.

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