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Polanski voltará aos EUA para acordo sobre estupro de menor

O diretor de cinema está foragido há 40 anos, mas assegura ter alcançado um acordo com a Justiça, que o manteria fora da prisão

Roman Polanski: ele foi acusado de drogar Samantha Gailey antes de violentá-la na casa de um amigo em 1977, em Los Angeles (Andreas Rentz / Getty Images)

Roman Polanski: ele foi acusado de drogar Samantha Gailey antes de violentá-la na casa de um amigo em 1977, em Los Angeles (Andreas Rentz / Getty Images)

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AFP

Publicado em 16 de fevereiro de 2017 às 19h32.

O cineasta franco-polonês Roman Polanski planeja voltar aos Estados Unidos, afirmou nesta quinta-feira seu advogado, que busca garantias para que o diretor não cumpra mais penas de prisão pelo estupro de uma menina de 13 anos.

O premiado diretor de "O pianista" e "Chinatown" leva 40 anos fugindo, mas assegura ter alcançado um acordo com a Justiça, que o manteria fora da prisão, explicou à AFP seu advogado, Harland Braun.

Polanski foi acusado de drogar Samantha Gailey antes de violentá-la na casa de um amigo em 1977, em Los Angeles.

Ele confessou ter tido "relações sexuais ilegais" com uma menor, mas negou o estupro como parte do acordo e ficou 42 dias preso em uma penitenciária do estado da Califórnia, antes de ser libertado.

O diretor afirma que o juiz Laurence Rittenband negou o acordo e disse aos promotores que ele devia cumprir pena de 50 anos. O cineasta fugiu para a Europa há quase 40 anos e desde então nunca mais voltou aos Estados Unidos.

Passou quase um ano detido na Suíça em uma tentativa dos Estados Unidos de conseguir sua extradição, mas uma corte polonesa decidiu que Polanski já tinha cumprido a pena prevista no acordo.

Braun acredita que esse testemunho secreto apoia a defesa de Polanski de que havia chegado a um acordo de cumprir apenas 48 dias de prisão.

"Depois que for confirmado o conteúdo, pediremos à corte que reconheça a decisão polonesa que provém do litígio iniciado pelo promotor", ressaltou.

"Se a corte aceitar o princípio de cortesia, Roman poderá vir a Los Angeles e à corte sem medo de ir para a prisão", acrescentou.

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