Plano de Mursi não inclui direitos humanos, alertam ONGs
As ONGs se decepcionaram com o plano de Mohammed Mursi, o primeiro líder eleito democraticamente após a revolução no Egito
Da Redação
Publicado em 4 de julho de 2012 às 11h58.
Cairo - O plano de governo do presidente egípcio, Mohammed Mursi, para seus primeiros cem dias no poder não aborda as questões relacionadas com os direitos humanos, lamentaram nesta quarta-feira um grupo de quase 20 ONGs.
Em declarações à Agência Efe, o diretor do Instituto do Cairo para o estudo dos Direitos Humanos, Bahey El Din Hassan, se mostrou 'surpreso' pela ausência desse tipo de assunto no programa de Mursi, o primeiro líder eleito após a revolução que resultou na queda de Hosni Mubarak em fevereiro de 2011.
'Com esta decisão, Mursi manda uma mensagem muito negativa para os grupos de direitos humanos e também para aqueles que trabalharam duro pela revolução', enfatizou Hassan.
Formado por 17 organizações, o grupo apresentou nesta quarta uma lista de prioridades em matéria de direitos humanos que deveriam guiar a política do novo presidente egípcio, que jurou seu cargo no último sábado.
Na mesma lista, as ONGs também criticaram o fato do plano de governo de Mursi não buscar uma melhora da situação dos direitos políticos e civis dos egípcios e nem trazer soluções para diversas questões, como as leis que precisam ser aprovadas no Parlamento.
Isso porque, pós a dissolução da câmara baixa por irregularidades em sua formação no último 16 de junho, o poder legislativo ficou sob o controle da Junta Militar.
Além disso, as organizações pediram a Mursi que cumpra suas promessas de respeitar a liberdade religiosa, fomentar a participação da mulher na política e implantar as convenções internacionais de direitos humanos ratificadas pelo Egito .
Hassan destacou que o presidente deveria solicitar à Justiça Militar que repassasse à Promotoria Pública os casos de civis que foram julgados e que suspenda a aplicação de penas de prisão ou de morte para os menores de idade.
Nesse sentido, Hassan considera necessário que Mursi liberte imediatamente todos os presos políticos, e que a Promotoria revise os casos de civis que foram condenados pela via militar com um novo julgamento.
Calcula-se que mais de 12 mil civis foram julgados por tribunais militares no Egito entre fevereiro e setembro de 2011, enquanto a repressão dos protestos e as torturas continuavam em delegacias e prisões, segundo o grupo de ativistas, que, por sua vez, exige uma mudança política para garantir os direitos humanos no país.
Cairo - O plano de governo do presidente egípcio, Mohammed Mursi, para seus primeiros cem dias no poder não aborda as questões relacionadas com os direitos humanos, lamentaram nesta quarta-feira um grupo de quase 20 ONGs.
Em declarações à Agência Efe, o diretor do Instituto do Cairo para o estudo dos Direitos Humanos, Bahey El Din Hassan, se mostrou 'surpreso' pela ausência desse tipo de assunto no programa de Mursi, o primeiro líder eleito após a revolução que resultou na queda de Hosni Mubarak em fevereiro de 2011.
'Com esta decisão, Mursi manda uma mensagem muito negativa para os grupos de direitos humanos e também para aqueles que trabalharam duro pela revolução', enfatizou Hassan.
Formado por 17 organizações, o grupo apresentou nesta quarta uma lista de prioridades em matéria de direitos humanos que deveriam guiar a política do novo presidente egípcio, que jurou seu cargo no último sábado.
Na mesma lista, as ONGs também criticaram o fato do plano de governo de Mursi não buscar uma melhora da situação dos direitos políticos e civis dos egípcios e nem trazer soluções para diversas questões, como as leis que precisam ser aprovadas no Parlamento.
Isso porque, pós a dissolução da câmara baixa por irregularidades em sua formação no último 16 de junho, o poder legislativo ficou sob o controle da Junta Militar.
Além disso, as organizações pediram a Mursi que cumpra suas promessas de respeitar a liberdade religiosa, fomentar a participação da mulher na política e implantar as convenções internacionais de direitos humanos ratificadas pelo Egito .
Hassan destacou que o presidente deveria solicitar à Justiça Militar que repassasse à Promotoria Pública os casos de civis que foram julgados e que suspenda a aplicação de penas de prisão ou de morte para os menores de idade.
Nesse sentido, Hassan considera necessário que Mursi liberte imediatamente todos os presos políticos, e que a Promotoria revise os casos de civis que foram condenados pela via militar com um novo julgamento.
Calcula-se que mais de 12 mil civis foram julgados por tribunais militares no Egito entre fevereiro e setembro de 2011, enquanto a repressão dos protestos e as torturas continuavam em delegacias e prisões, segundo o grupo de ativistas, que, por sua vez, exige uma mudança política para garantir os direitos humanos no país.