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PIB dos EUA acelera e taxa anualizada vai a 2,8% no 2º trimestre

Dados foram divulgados nesta quinta-feira, 25, pelo governo americano

Bandeira dos EUA durante comício eleitoral (Rebecca Droke/AFP)
Rafael Balago

Repórter de macroeconomia

Publicado em 25 de julho de 2024 às 09h33.

Última atualização em 25 de julho de 2024 às 11h08.

O PIB (Produto Interno Bruto) dos Estados Unidos cresceu a uma taxa anualizada de 2,8% no segundo trimestre de 2024, informou nesta quinta, 25, o BEA (Departamento de Análises Econômicas, na sigla em inglês), do governo americano.

No primeiro trimestre, o avanço havia sido de 1,4%, segundo a terceira estiimativa publicada pelo BEA.

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O índice veio acima das expectativas do mercado. Um levantamento feito pela agência Reuters apontou que economistas esperavam, na média, uma alta de 2%.

Com o avanço, o PIB americano chegou a 28,6 trilhões de dólares. Esta é a primeira estimativa do PIB. O BEA divulga outras duas análises, sendo que a terceira delas é considerada a definitiva.

A alta foi puxada pela alta em investimentos privados e aceleração de gastos dos consumidores. Por outro lado, houve uma redução na compra de casas, puxada pela alta de juros de financiamento.

O FMI estimou, no fim de junho, que a economia americana crescerá 2,6% em 2024, uma redução de 0,1 ponto percentual em relação à previsão anterior.
Os Estados Unidos publicam o seu crescimento trimestral a uma taxa anualizada, que compara o PIB com o do trimestre anterior e depois projeta a variação para todo o ano ao ritmo desses três meses.

Inflação nos EUA

O BEA apontou que o índice PCE, que mede os gastos dos consumidores, registrou alta 2,6% no segundo trimestre, ante 3,4% no primeiro trimestre. Excluindo os gastos com comida e energia, o PCE subiu 2,9%, ante 3,7% no trimestre anterior.

Os índices de inflação serão usados pelo Fed (banco central americano) para decidir se mantém ou não a taxa de juros nos EUA, hoje em 5,25% a 5,50% ao ano.

O presidente Joe Biden celebrou o resultado. "Os dados deixam claro que temos a economia mais forte do mundo. Criamos cerca de 16 milhões de emprego, salários estão subindo e a inflação está caindo", disse, em nota.

"Uma economia robusta, com esse ritmo de crescimento, pode dificultar os próximos passos do Federal Reserve (Fed, banco central americano) rumo ao corte de juros, mesmo com dados recentes indicando alívio inflacionário nos últimos meses", disse Paula Zogbi, gerente de conteúdo e research da Nomad.

"A projeção do mercado atualmente é que o primeiro corte ocorra em setembro, mas o nível de conforto em relação a esse movimento deve ficar mais claro no comunicado e coletiva de imprensa que sucederão a decisão da semana que vem - que ainda deve ser de manutenção dos juros no patamar atual", prossegue Zogbi.

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