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PIB americano cresce 2,5% no terceiro trimestre

O número divulgado pelo governo supera a expectativa dos analistas

Economia americana confirma início da recuperação
 (David Mcnew/Getty Images/AFP)

Economia americana confirma início da recuperação (David Mcnew/Getty Images/AFP)

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Da Redação

Publicado em 27 de outubro de 2011 às 15h25.

Washington - - Os números do PIB dos Estados Unidos publicados nesta quinta-feira comprovam a sensível melhora do crescimento americano e sugerem uma recuperação indispensável para reduzir o desemprego que afeta o país.

A primeira estimativa do Departamento de Comércio aponta que o Produto Interno dos EUA cresceu neste terceiro trimestre 2,5% a mais do que no segundo.

Estes dados refletem uma melhora significativa em relação à primavera, quando houve um crescimento de apenas 1,3%, após uma queda de 0,4% em relação ao primeiro trimestre.

O período julho-setembro aparece como o melhor trimestre da economia desde o verão de 2010.

De acordo com o departamento, o crescimento foi impulsionado pela aceleração do consumo das famílias e do investimento privado, excluindo habitação. Juntos, foram os responsáveis por 3,3 pontos do aumento no PIB do país.

O principal obstáculo na melhoria do produto interno bruto foi a forte redução do aumento dos estoques das empresas, que provocou a perda de 1,1 ponto do crescimento.

Para Peter Newland, economista do Barclays Capital, a forte variação dos estoques de verão é um "sinal da resposta rápida das empresas frente à fraca demanda interna do primeiro semestre e, é pouco provável (que esta diminuição da produção armazenada) se repita no quarto trimestre".

Existe, portanto, um forte potencial de crescimento. Segundo dados do departamento, o aumento da demanda interna se acelerou durante o verão, apesar de pesquisas apontarem um declínio na confiança dos consumidores e das empresas.

"Os números do PIB são sólidos e, se não acontecer nada de espetacular, vão reduzir os temores de um retorno à recessão", acredita Augustine Faucher, da Moody's Analytics.


Para Newland existem "várias razões" para acreditar que o crescimento vai continuar no quarto trimestre. Embora ainda baixo, o consumo das famílias ganha força e a margem de capital das empresas deve continuar a incentivar os investimentos.

Os analistas do RDQ Economics dizem que este crescimento faz parte de uma meta de 3,0% para o outono. A Macroeconomic Advisers prevê por enquanto o aumento de 2,7%.

Menos otimista, Nigel Gault, do IHS Global Insight acredita que o crescimento deve ficar em torno de 2%.

Feliz pela melhora do crescimento, mas preocupada com a conjuntura mundial, que "continua frágil" mesmo após o acordo europeu, a Casa Branca pediu mais uma vez ao Congresso "a adoção sem demora" do plano de estímulo econômico e apoio ao emprego, apresentado pelo presidente Barack Obama em setembro e que enfrenta a recusa da oposição republicana.

Após nove trimestres consecutivos de crescimento do PIB, o país precisa desesperadamente ver os números melhorarem. Até agora, são apenas suficientes para impedir que o desemprego aumente: estagnou-se em 9,1% desde julho.

Contudo, o departamento do Trabalho revelou nesta quinta-feira a inscrição de novos desempregados, o que trás poucas esperanças para uma melhora desta situação ainda neste mês.

* Matéria atualizada às 16h20

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