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Philips dá destino a lixo eletrônico

Programa nacional de reciclagem terá 40 pontos de coleta

A meta é reciclar 10% de todos os produtos comercializados das marcas (.)

A meta é reciclar 10% de todos os produtos comercializados das marcas (.)

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h48.

São Paulo - Com presença do Ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, a Philips apresentou hoje um programa nacional de reciclagem de lixo eletrônico que aposta na “economia verde”.

Pelo menos, foi este o termo escolhido pelo presidente da empresa, Marcos Bicudo, para definir o investimento da marca em um projeto de e-waste. "Estamos inaugurando a era da economia verde", disse, em evento realizado em São Paulo.

Por meio do Ciclo Sustentável, consumidores poderão entregar seus equipamentos eletroeletrônicos e eletrodomésticos das marcas Philips e Walita em 40 postos de coleta espalhados pelo Brasil.

Inicialmente, o programa funcionará em 25 cidades com o apoio da Oxil, empresa responsável por retirar o material dos postos de coleta e encaminhá-los para a triagem e reciclagem em uma usina em Paulínia, São Paulo. É a Oxil quem faz a separação e venda, encaminhando resíduos para suas parceiras.

"O programa é exclusivo para os produtos da marca, e estimamos uma capacidade de reciclagem de 200 toneladas ainda em 2010", disse Marcio Silva, gerente de serviços da Philips. O número já é bem maior do que as 12 toneladas recicladas até então pelo piloto que teve início em 2008, em Manaus. No entanto, o presidente Bicudo comemora o que considera excelentes resultados: "Até agora, sabemos que 90% do que foi coletado voltou para o ciclo produtivo", diz.

A meta inicial da Philips é conseguir reciclar 10% de todos os produtos comercializados das marcas. "Se pensarmos que, no Brasil, apenas 13% de tudo o que é produzido em todos os setores é reciclado, esta é uma meta razoável", disse Silva.

As lâmpadas, no entanto, um dos principais produtos da marca, ainda não estão incluídas nesta fase programa - embora a empresa afirme que elas, em breve, devam entrar. Dentre os produtos recolhidos, os mais complexos são os CRT, ou monitores de TV com tubos de raios catódicos: problema para o consumidor, pois são difíceis de transportar, e problema também para a empresa, pois a presença de chumbo dificulta a reciclagem.

O projeto está apoiado em três etapas: garantir que o consumidor possa fazer o descarte correto, trazer o produto para a usina de reciclagem e, por fim, a reciclagem em si. A Phlips aposta na iniciativa para atrair e reter uma fatia maior do mercado. "A ideia é que essa medida alavanque uma nova relação de consumo, que o consumidor coloque mais um critério na hora de comprar", disse Silva.

O Ciclo Sustentável teve apoio do Ministério do Meio Ambiente, como ressaltou o Ministro Carlos Minc: "O ministério acompanhou e deu sugestões à Philips neste projeto, e acredito que iniciativas assim possam ajudar a aprovação de leis, mostrando que a iniciativa privada já está se adiantando", disse.

A referência feita é à Lei de Resíduos Sólidos, encaminhada ao Senado após 19 anos na Câmara. "Programas de reciclagem são essenciais: lixo é matéria prima fora do lugar", disse.

Para acessar a lista de postos, o consumidor conta com um serviço 0800, um telefone e um site. É possível também solicitar retirada do lixo eletrônico em casa, mas com um custo de até R$40 e apenas nas cidades em que o projeto já foi implantado.

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