Exame Logo

Petrobras revê compra de sondas nacionais

A ideia inicial era de que os equipamentos de perfuração, com capacidade para chegar até profundidades de 3 mil metros, fossem construídos no Brasil

Fontes informaram que a desistência dividiu diretores entre os que consideram a possibilidade de uma nova negociação e os que preferem buscar alternativas no exterior (Joe Raedle/Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 12 de abril de 2011 às 09h34.

Rio de Janeiro - A licitação de até quatro sondas de perfuração que a Petrobras pretendia afretar ao custo máximo de US$ 500 mil por dia foi suspensa pela estatal, quatro meses após o lançamento da concorrência. O motivo foi o preço apresentado pelos candidatos, considerado abusivo. Segundo fontes ouvidas pela reportagem, as propostas iam de US$ 639 mil a US$ 740 mil.

O cancelamento, comunicado ontem aos concorrentes (Etesco, Queiroz Galvão, Petroserv e Saipem) criou um impasse político para a Petrobras. A ideia inicial era de que os equipamentos, com capacidade para perfurar a profundidades de até 3 mil metros, fossem construídos no Brasil e depois tivessem contratos de locação com a petroleira.

Nesses casos, o afretamento é de longo prazo, entre 20 e 30 anos, já que o equipamento é usado em diferentes áreas de exploração de petróleo. Algumas vezes, o contrato de afretamento é semelhante ao de um leasing, com opção de compra. Procurada, a Petrobras não se pronunciou.

Fontes informaram que a desistência dividiu diretores entre os que consideram a possibilidade de uma nova negociação e os que preferem buscar alternativas no exterior. O diretor de Exploração e Produção, Guilherme Estrella, um dos defensores mais ferrenhos da nacionalização, revoltado com os preços inflacionados, teria defendido a contratação de equipamentos chineses já construídos.

O pacote, que visava a contratação de até quatro sondas (uma por concorrente), havia sido lançado paralelamente à megalicitação de 28 unidades, em valor estimado entre US$ 20 bilhões e US$ 25 bilhões, anunciado no ano passado. Essa licitação foi subdividida em quatro lotes e apenas um deles foi contratado até agora, com o Estaleiro Atlântico Sul, de Pernambuco, que construirá sete unidades no valor total US$ 4,64 bilhões ou US$ 664,2 milhões por unidade.

Uma terceira licitação, também realizada simultaneamente ao programa de 28 sondas, foi cancelada em fevereiro, por causa dos preços elevados. A diferença entre as três concorrências é o formato do contrato e o prazo de entrega. Enquanto o pacote de 28 sondas previa a aquisição das unidades e a entrega até 2017, as outras duas teriam prazos mais curtos, de 2012 até 2013.

Veja também

Rio de Janeiro - A licitação de até quatro sondas de perfuração que a Petrobras pretendia afretar ao custo máximo de US$ 500 mil por dia foi suspensa pela estatal, quatro meses após o lançamento da concorrência. O motivo foi o preço apresentado pelos candidatos, considerado abusivo. Segundo fontes ouvidas pela reportagem, as propostas iam de US$ 639 mil a US$ 740 mil.

O cancelamento, comunicado ontem aos concorrentes (Etesco, Queiroz Galvão, Petroserv e Saipem) criou um impasse político para a Petrobras. A ideia inicial era de que os equipamentos, com capacidade para perfurar a profundidades de até 3 mil metros, fossem construídos no Brasil e depois tivessem contratos de locação com a petroleira.

Nesses casos, o afretamento é de longo prazo, entre 20 e 30 anos, já que o equipamento é usado em diferentes áreas de exploração de petróleo. Algumas vezes, o contrato de afretamento é semelhante ao de um leasing, com opção de compra. Procurada, a Petrobras não se pronunciou.

Fontes informaram que a desistência dividiu diretores entre os que consideram a possibilidade de uma nova negociação e os que preferem buscar alternativas no exterior. O diretor de Exploração e Produção, Guilherme Estrella, um dos defensores mais ferrenhos da nacionalização, revoltado com os preços inflacionados, teria defendido a contratação de equipamentos chineses já construídos.

O pacote, que visava a contratação de até quatro sondas (uma por concorrente), havia sido lançado paralelamente à megalicitação de 28 unidades, em valor estimado entre US$ 20 bilhões e US$ 25 bilhões, anunciado no ano passado. Essa licitação foi subdividida em quatro lotes e apenas um deles foi contratado até agora, com o Estaleiro Atlântico Sul, de Pernambuco, que construirá sete unidades no valor total US$ 4,64 bilhões ou US$ 664,2 milhões por unidade.

Uma terceira licitação, também realizada simultaneamente ao programa de 28 sondas, foi cancelada em fevereiro, por causa dos preços elevados. A diferença entre as três concorrências é o formato do contrato e o prazo de entrega. Enquanto o pacote de 28 sondas previa a aquisição das unidades e a entrega até 2017, as outras duas teriam prazos mais curtos, de 2012 até 2013.

Acompanhe tudo sobre:América LatinaCapitalização da PetrobrasDados de BrasilEmpresasEmpresas abertasEmpresas brasileirasEmpresas estataisEnergiaEstatais brasileirasGás e combustíveisIndústria do petróleoPetrobrasPetróleo

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Mundo

Mais na Exame