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Petrobras foi "seletiva" em leilão e vai atuar em parcerias

Ao contrário de leilões passados, nos quais era protagonista absoluta, desta vez atuou em parceria e abriu mão do papel de operadora em grande parte dos blocos adquiridos

A presidente da Petrobras, Graça Foster: "Fomos bastante seletivos na escolha das áreas", disse, destacando que a estatal vai "entrar firme" no próximo leilão (Wilson Dias/ABr)
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Da Redação

Publicado em 15 de maio de 2013 às 13h53.

Rio e Brasília - A Petrobras mudou de estratégia na 11.ª Rodada de Licitações. Ao contrário de leilões passados, nos quais era protagonista absoluta, desta vez atuou em parceria e abriu mão do papel de operadora em grande parte dos blocos adquiridos.

Pelo Hotel Royal Tulip, onde aconteceu a rodada, não foi possível encontrar nenhum dos executivos de peso da estatal, diferente de anos anteriores.

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A presidente da estatal, Graça Foster, acompanhou o resultado de longe, em Brasília, enquanto participava de audiência no Senado. "Fomos bastante seletivos na escolha das áreas", disse Graça, destacando que a estatal vai "entrar firme" no próximo leilão, marcado para outubro e dedicado ao gás não convencional.

O balanço final só será divulgado hoje. Mas, com base nos dados preliminares, a Petrobras arrematou cerca de 30 blocos em 8 bacias das 11 ofertadas.

Para o presidente do Instituto Brasileiro do Petróleo, João Carlos De Luca, "a participação da Petrobras ficou acima das expectativas". A nova posição da empresa permitiu dinamismo ao setor, "já que novas empresas entraram no mercado", disse ele, ao analisar o resultado da concorrência.

O foco de atuação da Petrobras esteve em áreas localizadas no mar. A estatal foi destaque nas bacias do Foz do Amazonas, onde participou do maior lance já ofertado na história das rodadas (R$ 345,9 milhões), e do Espírito Santo. A companhia também disputou e arrematou blocos em terra.

A estratégia da estatal foi fechar parcerias para concorrer, principalmente, em blocos com maior valor de investimento para diluir riscos exploratórios. Já sozinha entrou na disputa por áreas que exigiram bônus mais baixos. Foi o caso de três blocos em terra no Espírito Santo, pelos quais pagou menos de R$ 3 milhões pelas concessões.

Para a diretora-geral da ANP, Magda Chambriard, "é possível que a Petrobras se veja como empresa do pré-sal e de águas profundas", o que sugere que terá uma participação mais ativa nos leilões que terão como foco esse tipo de área. (colaboraram Laís Alegretti e Eduardo Rodrigues).

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