Petrobras desacelera apetite por blocos na 11ª rodada
A estatal fez propostas e venceu concessões para ser operadora em pelo menos cinco blocos terrestres, que demandam menos investimentos do que as áreas marítimas
Da Redação
Publicado em 14 de maio de 2013 às 19h23.
Rio de Janeiro - A Petrobras , que sempre entrou com força em leilões de áreas de petróleo, desacelerou seu apetite por operação de blocos marítimos na 11a rodada de licitações, em meio a um orçamento já ocupado por um robusto portfólio de campos do pré-sal e à perspectiva de se tornar operadora única de áreas que serão ofertadas no leilão de partilha ainda neste ano.
A estatal brasileira fez propostas e venceu concessões para ser operadora em pelo menos cinco blocos terrestres, que demandam menos investimentos do que as áreas marítimas.
Em exploração "offshore" (marítimas), a Petrobras entrou no leilão predominantemente como parceira de outras petroleiras, e não como operadora da concessão, como de praxe.
O secretário-executivo do Ministério Minas e Energia, Marco Antônio Martins, antecipou mais cedo, durante o leilão, que a empresa entraria como operadora majoritariamente em áreas terrestres.
"Faz todo sentido para a Petrobras investir menos neste leilão, pois tem que se resguardar para o seu plano já robusto e para o leilão do pré-sal", afirmou o consultor e ex-diretor da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) Vitor Martins.
O primeiro leilão do pré-sal está previsto para novembro.
Na Foz do Amazonas, por exemplo, a Petrobras participou de ofertas vencedoras para pelo menos seis blocos, mas em nenhuma como operadora. Também se associou a outras companhias para vencer duas áreas na bacia do Espírito Santo.
O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, afirmou que, se for necessário, a Petrobras será capitalizada para conseguir participar dos leilões do pré-sal.