Barack Obama: globalmente, ele continua sendo um dirigente popular, com exceção do Oriente Médio (Mandel Ngan/AFP)
Da Redação
Publicado em 14 de julho de 2014 às 20h07.
Washington - O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, atingiu seus índices mais baixos de popularidade na Rússia, Alemanha e Brasil, de acordo com pesquisa realizada no mundo inteiro pelo Centro de Pesquisas Pew e divulgada nesta segunda-feira.
A França é o país europeu onde Obama é mais popular, com 83% de aprovação, número idêntico ao de 2013. O estudo foi realizado entre março e junho em 44 países, com 48.643 pessoas. Na Europa, também foram feitas entrevistas em Alemanha, Espanha, Grécia, Itália, Polônia e Reino Unido.
O presidente americano só é mais popular do que na França entre os sul-coreanos e os filipinos.
Na Rússia, onde já era muito criticado, a imagem de Obama voltou a despencar. Somente 15% dos russos confiam nele, contra 29% em 2013, e 41% em 2010. Além disso, 71% dos entrevistados também têm uma impressão negativa dos Estados Unidos.
As entrevistas na Rússia foram realizadas em abril, em meio à crise na Ucrânia, quando os Estados Unidos e a União Europeia aplicaram sanções contra altos funcionários e instituições russas.
A aprovação do presidente caiu ainda mais no Brasil e na Alemanha, dois países onde as revelações do sistema de espionagem americano tiveram mais impacto.
No Brasil, somente 50% dos entrevistados declararam confiar em Obama, contra dois terços no ano passado. A presidente Dilma Rousseff cancelou uma visita de Estado a Washington depois das revelações do ex-funcionário da Agência de Segurança Nacional (NSA, na sigla em inglês) Edward Snowden.
O presidente se mantém muito popular entre os alemães, com índice de 71% de aprovação, mas esse número já chegou a 88%, em 2013, e a 93%, em 2009. A imagem sobre os Estados Unidos segue positiva, porém, para metade da população, mesmo nível de 2013.
Globalmente, o instituto Pew destacou que Barack Obama continua sendo um dirigente popular, com exceção do Oriente Médio. Até mesmo na China e no Irã sua aprovação subiu.