Cuba: 66% dos americanos apoiam o fim do embargo econômico contra o país, diz estudo (REUTERS/Enrique De La Osa)
Da Redação
Publicado em 17 de janeiro de 2015 às 07h18.
Washington - Segundo uma pesquisa divulgada nesta sexta-feira pelo Centro de Pesquisa Pew, 63% dos americanos apoiam a decisão do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, de restabelecer relações diplomáticas com Cuba depois de mais de meio século de bloqueio à ilha.
Além disso, de acordo com a pesquisa, 66% dos americanos apoiam o fim do embargo econômico contra Cuba, que limita as trocas comerciais com o país desde 1961.
No entanto, ainda existe 'um amplo ceticismo' sobre se o degelo das relações entre os dois países conduzirá a uma maior democracia na ilha.
A pesquisa indicou que apenas um terço dos americanos acredita que Cuba será mais democrática nos próximos anos, e 60% acha que a situação política será mantida.
Por partidos, a decisão de Obama desperta um maior apoio entre os simpatizantes do Partido Democrata (74%). Entre os independentes, este índice é de 67%.
Em relação ao fim do embargo, o percentual é o mesmo para os dois grupos. Segundo o Centro de Pesquisa Pew, os americanos favoráveis ao fim das sanções argumentam que a medida 'ajudaria as companhias locais a fazer negócios em Cuba e as empresas cubanas a negociar com os Estados Unidos'.
Entre os simpatizantes do Partido Republicano, que conta com vários congressistas de ascendência cubana, a questão está mais dividida.
Somente 40% dos republicanos aprova a reaproximação com Cuba, enquanto 48% a desaprova. Em relação ao embargo, 47% dos republicanos acham que ele deve acabar, e 47% são contrários a esta medida.
A pesquisa foi feita entre 7 e 11 de janeiro, quando os EUA já tinham anunciado o início da normalização das relações diplomáticas e comerciais com Cuba. O centro entrevistou 1.504 adultos de todo o país.
Hoje entram em vigor as medidas anunciadas ontem pelo governo americano para suavizar algumas sanções que limitavam as viagens de americanos para Cuba e restringiam intercâmbios de bens e capital com a ilha. EFE