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Peru e Chile aceitarão decisão sobre limites matítimos

A decisão só será conhecida no primeiro semestre de 2013, depois que, em dezembro, os dois países envolvidos exponham suas alegações orais em julgamento


	Sebastián Piñera, presidente do Chile: os ministros lembraram que a reunião de trabalho serviu para "retificar" o acordado pelos presidentes Sebastián Piñera e Ollanta Humala
 (Sean Gallup/Getty Images)

Sebastián Piñera, presidente do Chile: os ministros lembraram que a reunião de trabalho serviu para "retificar" o acordado pelos presidentes Sebastián Piñera e Ollanta Humala (Sean Gallup/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2012 às 20h37.

Punta del Este - Os ministros da Defesa do Chile, Andrés Allamand, e do Peru, Pedro Cateriano, anunciaram nesta terça-feira formalmente no Uruguai o compromisso de seus países de aceitar a decisão da Corte Internacional de Haia no litígio aberto por uma reivindicação peruana.

"Nos comprometamos a aceitar a decisão de Haia e seguir trabalhando de maneira conjunta pelo desenvolvimento e progresso dos nossos povos e países", afirmaram os representantes dos Governos, em declaração conjunta, depois de reunião realizada em Punta del Este, onde acontece a X Conferência de Ministros de Defesa da América.

Os ministros lembraram que a reunião de trabalho serviu para "retificar" o acordado pelos presidentes Sebastián Piñera e Ollanta Humala. Ato esse, que o Pedro Cateriano classificou como "passo muito importante".

"Enviamos uma mensagem política à região", apontando a discussão como feita de maneira civilizada. Segundo o titular da pasta de Defesa peruana, agora é hora de "virar a página e focar em um futuro de desenvolvimento e progresso para os dois países".

Em 2008, os peruanos apresentaram uma queixa sobre os limites marítimos com o Chile, diante da Corte Internacional de Haia, sobre uma antiga reivindicação do país, relativa às águas internacionais.

A decisão só será conhecida no primeiro semestre de 2013, depois que, em dezembro, os dois países envolvidos exponham suas alegações orais em julgamento.

O Peru argumenta que o limite marítimo não está fixado e pede que seja estabelecido em uma linha eqüidistante às costas de ambos os países, o que faria com que ganhasse 35 mil quilômetros quadrados de mar. 

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