Pequim ameaça deter novamente dissidente premiado na Europa
Desde a libertação em junho, o apartamento onde mora Hu Jia e sua família é vigiado 24h por dia pela polícia, evitando que o dissidente receba qualquer tipo de visita
Da Redação
Publicado em 17 de outubro de 2011 às 11h24.
Pequimm - O ativista chinês Hu Jia, libertado em junho após cumprir mais de três anos de prisão e agraciado em 2008 pelo Parlamento Europeu com o prêmio Sakharov para a Liberdade de Pensamento, foi ameaçado ser detido novamente caso continue com sua militância política e a dar entrevistas à imprensa estrangeira, informaram nesta segunda-feira grupos humanitários.
Hu, de 38 anos, foi ameaçado na sexta-feira por policiais do Escritório de Segurança Pública, que o proibiram de visitar Liu Xia, mulher do Prêmio Nobel da Paz Liu Xiaobo, que está em prisão domiciliar desde outubro de 2010, informou nesta segunda-feira a ONG Chinese Human Rights Defenders (CHRD) em comunicado.
Os policiais ameaçaram prender Hu caso insistisse em viajar à província de Shandong para visitar outro ativista, o advogado Chen Guangcheng, em prisão domiciliar há mais de um ano, por denunciar abortos forçados em sua província.
A organização CHRD acrescenta que Hu foi ameaçado com uma detenção administrativa e está proibido de dar entrevistas a jornais estrangeiros, esclarece o comunicado.
A medida permite que os cidadãos chineses sejam presos sem acusações e sem julgamento por até duas semanas. Esse uso foi recorrente neste ano com centenas de dissidentes a fim de sufocar qualquer tentativa no país asiático de repetir os protestos civis vistos na 'Primavera Árabe'.
Hu, que foi candidato ao Nobel da Paz em diversas edições, saiu da prisão em 26 de junho após cumprir uma condenação de três anos e meio por 'incitar a subversão contra o poder do Estado', a sentença mais frequente contra presos políticos no regime chinês.
O dissidente, que defendeu causas ecológicas e os direitos de doentes de Aids em seu país, recebeu em 2008 o maior reconhecimento concedido pelo Parlamento Europeu em matéria de direitos humanos, o prêmio Sakharov para a Liberdade de Pensamento.
Após a libertação, Hu anunciou que continuaria com seu ativismo, apesar de ter sido proibido de falar em público, uma limitação aplicada a outros dissidentes, como o artista Ai Weiwei, preso por quase três meses este ano.
Em entrevistas à imprensa estrangeira, Hu pediu a libertação de Liu Xiaobo e de sua esposa, e das dezenas de ativistas que permanecem presos desde fevereiro na China .
Ele deixou claro sua oposição ao projeto de lei que vai legalizar detenções secretas no país asiático.
Desde a libertação em junho, o apartamento onde mora Hu Jia e sua família é vigiado 24h por dia pela polícia, evitando que o dissidente receba qualquer tipo de visita.
Pequimm - O ativista chinês Hu Jia, libertado em junho após cumprir mais de três anos de prisão e agraciado em 2008 pelo Parlamento Europeu com o prêmio Sakharov para a Liberdade de Pensamento, foi ameaçado ser detido novamente caso continue com sua militância política e a dar entrevistas à imprensa estrangeira, informaram nesta segunda-feira grupos humanitários.
Hu, de 38 anos, foi ameaçado na sexta-feira por policiais do Escritório de Segurança Pública, que o proibiram de visitar Liu Xia, mulher do Prêmio Nobel da Paz Liu Xiaobo, que está em prisão domiciliar desde outubro de 2010, informou nesta segunda-feira a ONG Chinese Human Rights Defenders (CHRD) em comunicado.
Os policiais ameaçaram prender Hu caso insistisse em viajar à província de Shandong para visitar outro ativista, o advogado Chen Guangcheng, em prisão domiciliar há mais de um ano, por denunciar abortos forçados em sua província.
A organização CHRD acrescenta que Hu foi ameaçado com uma detenção administrativa e está proibido de dar entrevistas a jornais estrangeiros, esclarece o comunicado.
A medida permite que os cidadãos chineses sejam presos sem acusações e sem julgamento por até duas semanas. Esse uso foi recorrente neste ano com centenas de dissidentes a fim de sufocar qualquer tentativa no país asiático de repetir os protestos civis vistos na 'Primavera Árabe'.
Hu, que foi candidato ao Nobel da Paz em diversas edições, saiu da prisão em 26 de junho após cumprir uma condenação de três anos e meio por 'incitar a subversão contra o poder do Estado', a sentença mais frequente contra presos políticos no regime chinês.
O dissidente, que defendeu causas ecológicas e os direitos de doentes de Aids em seu país, recebeu em 2008 o maior reconhecimento concedido pelo Parlamento Europeu em matéria de direitos humanos, o prêmio Sakharov para a Liberdade de Pensamento.
Após a libertação, Hu anunciou que continuaria com seu ativismo, apesar de ter sido proibido de falar em público, uma limitação aplicada a outros dissidentes, como o artista Ai Weiwei, preso por quase três meses este ano.
Em entrevistas à imprensa estrangeira, Hu pediu a libertação de Liu Xiaobo e de sua esposa, e das dezenas de ativistas que permanecem presos desde fevereiro na China .
Ele deixou claro sua oposição ao projeto de lei que vai legalizar detenções secretas no país asiático.
Desde a libertação em junho, o apartamento onde mora Hu Jia e sua família é vigiado 24h por dia pela polícia, evitando que o dissidente receba qualquer tipo de visita.