FedEx: amostras poderiam ter sido transportadas, em alguns casos, pelo serviço de correio comum FedEx (Getty Images)
Da Redação
Publicado em 3 de junho de 2015 às 20h30.
Washington - O Pentágono estimou nesta quarta-feira que teria enviado por erro amostras ativas de antraz a 51 laboratórios em 17 estados dos Estados Unidos e do Distrito de Columbia, o que se somaria a outros já revelados em três países.
O subsecretário de Defesa dos Estados Unidos, Bob Work, explicou que o Pentágono segue avaliando o alcance dos erros na distribuição de antraz, que poderiam ter sido transportados, em alguns casos, pelo serviço de correio comum FedEx.
O Pentágono, que abriu uma investigação sobre o incidente, distribuiu amostras desse bacilo a laboratórios pensando que estavam inativas e eram inócuas.
Por enquanto, o Departamento de Defesa descartou que se trate de um ato deliberado.
Work também afirmou que, por enquanto, não se conhecem casos de contágio entre as pessoas que possam ter sido expostas às amostras, que também foram enviadas a Austrália, Coreia do Sul e Canadá.
Devido ao aumento do número de laboratórios sob suspeita, o subsecretário de Defesa considerou que se deve esperar um aumento nos casos confirmados de amostras de antraz ativas enviadas sem as medidas de precaução adequadas.
No entanto, a possibilidade de infecção é muito reduzida, já que as amostras não tinham uma concentração alta, estavam seladas e se encontravam em forma líquida, motivo pelo qual era quase impossível infectar-se por inalação.
A investigação, cujos resultados são esperados para o final de mês, se complica porque agora o Pentágono deverá revisar mais de 400 envios de antraz em todo o país que foram classificados como inativos, algo que ficou questionado.