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Pentágono adverte Wikileaks sobre risco vazamentos

"Nós não fazemos comentários sobre a autenticidade dos documentos publicados pelo WikiLeaks", acrescentou o porta-voz, que falou com a condição de permanecer anônimo

Página do WikiLeaks: a plataforma começou a divulgar na quinta-feira uma centena de documentos do Departamento de Defesa americano (©AFP/Getty Images/File / Joe Raedle)
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Da Redação

Publicado em 26 de outubro de 2012 às 17h41.

Washington - O Pentágono advertiu nesta sexta-feira o WikiLeaks que divulgar documentos confidenciais pode pôr em perigo a segurança dos Estados Unidos, depois que o site começou a publicar manuais sobre o tratamento aos presos sob custódia militar do país.

"É uma ameaça para nossa segurança nacional e enfraquece nossos esforços para trabalhar com outros países a fim de resolver problemas comuns", afirmou à Agência Efe um porta-voz do Departamento de Defesa que não confirmou a autenticidade dos documentos.

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"Nós não fazemos comentários sobre a autenticidade dos documentos publicados pelo WikiLeaks", acrescentou o porta-voz, que falou com a condição de permanecer anônimo.

No entanto, destacou que a divulgação não autorizada de documentos confidenciais "proporciona ao inimigo um meio para danar substancialmente os EUA e nossos aliados".

A plataforma fundada por Julian Assange, conhecida pela difusão de milhares de documentos diplomáticos dos EUA e de outros sobre as guerras no Iraque e no Afeganistão, começou a divulgar na quinta-feira uma centena de documentos do Departamento de Defesa americano.

Estes documentos recolhem os procedimentos a seguir com os suspeitos que se encontram sob custódia das autoridades militares dos EUA nos centros de detenção no Iraque e na base de Guantánamo (Cuba), assim como os manuais para os interrogatórios.

A organização fundada por Julian Assange anunciou através de um comunicado que, ao longo do próximo mês, divulgará por ordem cronológica os arquivos que agrupou sob o título "Políticas de Detenção" com as instruções seguidas durante mais de uma década.

Assange, asilado na embaixada do Equador em Londres desde junho para evitar ser extraditado à Suécia, onde é requerido por um suposto crime sexual, assinalou em comunicado a importância "histórica" destes documentos, já que "Guantánamo se transformou no símbolo do abuso sistemático dos direitos humanos".

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