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Pence, vice de Trump, manterá agenda após seu chefe de gabinete ter covid

O vice-presidente americano, Mike Pence, participa de comícios neste domingo e na segunda-feira. A eleição americana está na reta final

MIKE PENCE: um tema paralelo, mas que pode gerar algum conflito, é a liberação do aborto (Eduardo Munoz/Reuters)

MIKE PENCE: um tema paralelo, mas que pode gerar algum conflito, é a liberação do aborto (Eduardo Munoz/Reuters)

CR

Carolina Riveira

Publicado em 25 de outubro de 2020 às 08h03.

Última atualização em 26 de outubro de 2020 às 19h42.

O chefe de gabinete do vice-presidente americano, Mike Pence, teve diagnóstico positivo para o coronavírus na madrugada deste domingo, 25. Além do chefe Marc Short, um outro assessor da campanha também teve teste positivo.

O vice-presidente afirmou que não deixará de fazer campanha, incluindo compromissos já neste domingo. Os Estados Unidos estão a menos de duas semanas para a data oficial da eleição presidencial e do Senado, em 3 de novembro -- e com eleitores indo às urnas a todo momento, com mais de 50 milhões de eleitores já tendo votado com antecedência.

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O vice-presidente tem contato próximo com as pessoas que tiveram teste positivo. Pence fez um teste no sábado, 24, segundo seus porta-vozes, e teve resultado negativo, assim como sua mulher.

Segundo as regras médicas, é recomendado que uma pessoa próxima a alguém infectado por covid-19 faça quarentena, mesmo no caso de teste negativo da primeira vez, porque os sintomas podem demorar de 2 a 14 dias para aparecer após a exposição ao vírus.

Os porta-vozes afirmaram que estão mantidos os compromissos que ele tem neste domingo na Carolina do Norte e no Minnesota na segunda-feira. Ambos os estados são decisivos na corrida eleitoral e onde o rival Joe Biden tem vantagem nas pesquisas.

Os republicanos dedicam especial atenção à Carolina do Norte, onde vantagem de Biden é de somente 2 pontos, dentro da margem de erro, e onde Trump venceu em 2016 (tirando com Barack Obama em 2008, o estado elege republicanos desde 1980).

Segundo as pesquisas nacionais e nos estados decisivos, Biden está à frente na corrida eleitoral. No modelo americano, cada estado tem um número de votos no chamado colégio eleitoral, totalizando 538 votos no país -- o vencedor precisa ganhar em estados suficientes para acumular 270 votos.

Se a eleição fosse hoje, Biden venceria, segundo as pesquisas: só com os estados em que o democrata tem maioria relativamente garantida, ele teria 277 votos no colégio eleitoral, mais que os 270 necessários para vencer. Mas Trump tem a expectativa de virar em alguns estados decisivos, com alta parcela de eleitores brancos, mais velhos e conservadores, e onde a margem para Biden está mais apertada.

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