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Pedidos de bens duráveis e venda de casas sobem nos EUA

Washington - As vendas de novas moradias nos Estados Unidos cresceram para o maior nível em quase dois anos em abril, enquanto as encomendas de bens duráveis aumentaram fortemente, indicando resiliência na recuperação econômica em meio à crise de dívida na Europa. As vendas de novas moradias nos EUA avançaram 14,8 por cento, para uma […]

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 04h11.

Washington - As vendas de novas moradias nos Estados Unidos cresceram para o maior nível em quase dois anos em abril, enquanto as encomendas de bens duráveis aumentaram fortemente, indicando resiliência na recuperação econômica em meio à crise de dívida na Europa.

As vendas de novas moradias nos EUA avançaram 14,8 por cento, para uma taxa anual de 504 mil unidades, a maior desde maio de 2008, de 439 mil unidades em março. Foi o segundo mês seguido de alta nas vendas, disse o Departamento do Comércio. O mercado espera um ritmo de 430 mil unidades.

O aumento das vendas no mês passado provavelmente reflete a pressa dos compradores para assinar contratos e aproveitar o crédito tributário do governo.

"Foi um grande número, mas eu sinto que, embora isso seja uma ótima notícia, nós estamos tirando vendas do futuro devido a compras de último minuto pelo incentivo", disse Jack Ablin, diretor de investimentos do Harris Private Bank em Chicago.

"Nós devemos ver alguns meses de baixas para compensar isso."

Em outro relatório, o Departamento informou que as encomendas de bens duráveis subiram 2,9 por cento, para 193,89 bilhões de dólares, maior valor desde setembro de 2008, após ficaram estáveis em março. O impulso veio da disparada de 228 por cento nas encomendas de aviões fora do setor de defesa. Os mercados previam que as encomendas aumentassem 1,3 por cento.

Porém, sem o setor de transporte, as encomendas caíram 1 por cento, algo não esperado para o mês. As encomendas de março foram revisadas para cima, para 4,8 por cento, de 3,5 por cento estimados anteriormente.


 

Mesmo que o relatório sobre bens duráveis tenha sido misto, as encomendas de março foram revisadas para cima em categorias importantes, e analistas consideram isso como um sinal de força subjacente no crescimento da economia.

"Eu acho que é preciso ponderar os relatórios dos últimos dois meses sobre bens duráveis, e eles são definitivamente melhores que o esperado e consistentes com a economia crescendo a um ritmo de 3 a 4 por cento neste ano", disse Michael Woolfolk, estrategista sênior de câmbio do Bank of New York.

Os dados desta quarta-feira ajudaram a tirar a atenção dos mercados dos problemas de dívida na Europa, que os investidores temem que prejudique a economia global e afete o crescimento doméstico.

A demanda por empréstimos para comprar moradias continuou na mínima em 13 anos na semana passada, disse a Associação de Bancos de Hipotecas em outro relatório. Porém, os pedidos de hipotecas para refinanciar empréstimos imobiliários atingiram o maior nível em 7 meses, com as taxas caindo a mínimas recordes.

Apesar da alta nas vendas de moradias, o preço médio de novas moradias caiu à taxa recorde de 9,7 por cento em relação a março, para 198.400 mil, o menor valor desde dezembro de 2003, disse o Departamento do Comércio. Nos 12 meses até abril, o preço médio de vendas caiu 9,5 por cento.

O número de novas moradias no mercado caiu 7 por cento, para 211 mil unidades em abril, o menor nível desde outubro de 1968. O ritmo de vendas do mês passado deixou a oferta de moradias no menor nível desde dezembro de 2005.

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