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Pediatra americano é acusado de simular asfixia em filha

O pediatra é conhecido por seus livros sobre experiências de crianças que estiveram à beira da morte e participou como especialista de programas de televisão

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 10 de agosto de 2012 às 12h54.

Washington - O conhecido pediatra americano Melvin Morse foi detido como suspeito de submeter sua filha de 11 anos à asfixia simulada com água, uma prática conhecida como "waterboarding", segundo divulgaram nesta sexta-feira os meios de comunicação locais.

Morse, de 58 anos, foi preso na quinta-feira junto com sua esposa, Pauline, de 40 anos, depois que sua filha denunciou que seu pai a tinha asfixiado debaixo de uma torneira aberta como método de disciplina.

O pediatra é conhecido por seus livros sobre experiências de crianças que estiveram à beira da morte e participou como especialista de programas de televisão de grande popularidade nos Estados Unidos como "Larry King Live" e "The Oprah Winfrey Show".

O afogamento simulado ou "waterboarding" é uma técnica que os interrogadores americanos aplicaram no passado contra os suspeitos de terrorismo, o que seus críticos consideram tortura.

Um dos advogados de Morse, Joe Hurley, declarou que "o que quer que tenha sido descrito não é "waterboarding"", de acordo com "Washington Post", embora tenha reconhecido que não tinha todas as informações sobre o caso.

No último mês de julho, Morse foi acusado de agressão e de pôr em perigo o bem-estar de um menor, depois de tirar à força sua filha do carro pelo tornozelo e arrastá-la por um caminho de terra até sua casa, onde bateu na menina.

A criança recebeu assistência no Centro de Defesa das Crianças de Delaware onde contou algum tempo depois sobre os casos de asfixia simulada que aconteceram em quatro ocasiões entre 2009 e 2011, dos quais sua mãe teria sido testemunha sem fazer nada, segundo contou o cabo da polícia Gary Fournier ao canal de televisão "ABC".

Os Morse estão enfrentando duas acusações por colocar em perigo o bem-estar de uma criança, uma acusação de conspiração em segundo grau, e quatro outras por crime grave de primeiro grau pelos supostos episódios de "waterboarding". 

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