Cliente em supermercado em San Francisco, Califórnia (Justin Sullivan/AFP)
Repórter de macroeconomia
Publicado em 26 de julho de 2024 às 09h35.
Última atualização em 26 de julho de 2024 às 09h45.
Chicago - O PCE (índice de preço de consumo pessoal), um dos principais indicadores de inflação dos Estados Unidos, atingiu 2,5% em junho, informou o BEA (Departamento de Análises Econômicas) nesta sexta, 26. O valor se refere à soma dos últimos 12 meses.
Em maio, a taxa de inflação para 12 meses havia sido de 2,6%. O indicador vem oscilando nesta faixa desde novembro, com pequenas variações. O PCE estava em 2,5% em fevereiro e em 2,7% em março e em abril.
No mês passado, a inflação mensal, considerando apenas o mês de junho, subiu 0,1% no índice completo do PCE. No indicador que exclui gastos com comida e energia, que são mais voláteis, houve alta de 0,2%.
O BEA também informou que a renda pessoal dos americanos subiu 0,2% em junho, também dentro da média dos últimos meses.
O mercado fica de olho nestes índices por serem os principais termômetros do Federal Reserve (Fed, banco central americano) para medir a inflação do país. O Fed subiu as taxas de juros para tentar conter a inflação, para a faixa entre 5,25% e 5,50% ao ano. A expectativa atual é que a autoridade monetária faça uma redução de juros neste ano, mas o comportamento da inflação pode mudar os planos.
Na quinta, 25, foram divulgados dados do PIB dos EUA, que registrou alta: a taxa anualizada atingiu 2,8% no segundo semestre do ano.
A inflação tem sido um dos principais temas da campanha eleitoral nos Estados Unidos. Os republicanos, hoje na oposição, acusam a gestão do presidente Joe Biden de não conseguir controlar os preços, que seguem em alta desde a pandemia. Biden desistiu de disputar a reeleição no último domingo, 21, e sua vice, Kamala Harris, se tornou a candidata democrata à Presidência.