PCdoB diz que Palocci provocou séria crise política
O PCdoB resolveu também tornar pública sua principal divergência com a atual gestão: a centralização de poder nas mãos do PT
Da Redação
Publicado em 26 de outubro de 2011 às 13h57.
Brasília - Tradicional aliado do PT, o PCdoB criticou publicamente o ministro-chefe da Casa Civil, Antonio Palocci, e afirmou que "não há como negar a crise" que se instalou no governo Dilma Rousseff. Em editorial publicado no site Vermelho.org.br sobre a crise envolvendo a evolução patrimonial do ministro, a sigla defende uma solução imediata para a crise.
"As denúncias de enriquecimento ilícito e tráfico de influência, não explicadas nem satisfatoriamente respondidas por Palocci, abriram uma séria crise política e de governo", avalia o editorial.
O PCdoB resolveu também tornar pública sua principal divergência com a atual gestão: a centralização de poder nas mãos do PT. Para o partido, o problema envolvendo Palocci é um mal que vem para bem. "Como não há males que não venham também para o bem, a crise pode ser também uma oportunidade para o governo superar os problemas que vieram à tona: hipercentralização de poderes numa só pessoa, decisões em núcleo fechado, hegemonia absoluta de uma só força política", diz o editorial.
O descontentamento do núcleo "vermelho" da base governista teve seu ápice com a indicação do ex-presidente do Banco Central Henrique Meirelles para assumir a Autoridade Pública Olímpica. Até às vésperas da nomeação de Meirelles, nem o ministro do Esporte, Orlando Silva, nem os dirigentes do partido foram consultados sobre o desmembramento da Olimpíada de 2016 da única pasta conduzida pelo partido.
Nos bastidores, os comunistas reclamavam dos "super poderes" de Palocci, mas na época, o partido engoliu a mágoa na expectativa de conseguir mais espaço no governo. "Perdeu um espaço, mas pode ganhar outro", comentou em fevereiro o presidente da legenda, Renato Rabelo.
Na opinião dos comunistas, a permanência da crise não interessa nem ao governo, nem aos partidos aliados. "Apenas as forças oposicionistas, que se encontram isoladas e se revelam política e eleitoralmente decadentes, têm interesse em que se estenda, amplie e aprofunde a crise no núcleo do governo Dilma", complementa. O editorial afirma ainda que a oposição se esforça em manter o governo em "turbulência".
No final do texto, os comunistas defendem a resolução imediata da crise e o fortalecimento da autoridade política da presidente Dilma Rousseff. "A crise que tem como pivô Antonio Palocci exige uma solução que fortaleça a autoridade da presidente Dilma na condução política do governo. Esta resposta corresponde aos anseios da base aliada e da maioria da nação".
Brasília - Tradicional aliado do PT, o PCdoB criticou publicamente o ministro-chefe da Casa Civil, Antonio Palocci, e afirmou que "não há como negar a crise" que se instalou no governo Dilma Rousseff. Em editorial publicado no site Vermelho.org.br sobre a crise envolvendo a evolução patrimonial do ministro, a sigla defende uma solução imediata para a crise.
"As denúncias de enriquecimento ilícito e tráfico de influência, não explicadas nem satisfatoriamente respondidas por Palocci, abriram uma séria crise política e de governo", avalia o editorial.
O PCdoB resolveu também tornar pública sua principal divergência com a atual gestão: a centralização de poder nas mãos do PT. Para o partido, o problema envolvendo Palocci é um mal que vem para bem. "Como não há males que não venham também para o bem, a crise pode ser também uma oportunidade para o governo superar os problemas que vieram à tona: hipercentralização de poderes numa só pessoa, decisões em núcleo fechado, hegemonia absoluta de uma só força política", diz o editorial.
O descontentamento do núcleo "vermelho" da base governista teve seu ápice com a indicação do ex-presidente do Banco Central Henrique Meirelles para assumir a Autoridade Pública Olímpica. Até às vésperas da nomeação de Meirelles, nem o ministro do Esporte, Orlando Silva, nem os dirigentes do partido foram consultados sobre o desmembramento da Olimpíada de 2016 da única pasta conduzida pelo partido.
Nos bastidores, os comunistas reclamavam dos "super poderes" de Palocci, mas na época, o partido engoliu a mágoa na expectativa de conseguir mais espaço no governo. "Perdeu um espaço, mas pode ganhar outro", comentou em fevereiro o presidente da legenda, Renato Rabelo.
Na opinião dos comunistas, a permanência da crise não interessa nem ao governo, nem aos partidos aliados. "Apenas as forças oposicionistas, que se encontram isoladas e se revelam política e eleitoralmente decadentes, têm interesse em que se estenda, amplie e aprofunde a crise no núcleo do governo Dilma", complementa. O editorial afirma ainda que a oposição se esforça em manter o governo em "turbulência".
No final do texto, os comunistas defendem a resolução imediata da crise e o fortalecimento da autoridade política da presidente Dilma Rousseff. "A crise que tem como pivô Antonio Palocci exige uma solução que fortaleça a autoridade da presidente Dilma na condução política do governo. Esta resposta corresponde aos anseios da base aliada e da maioria da nação".