HAVANA: a porta-voz e o representante das Farc leem histórico documento que pode selar a paz / Enrique de la Osa
Da Redação
Publicado em 22 de junho de 2016 às 18h51.
Última atualização em 23 de junho de 2017 às 19h18.
A paz?
O governo colombiano e as Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) anunciaram nesta quarta-feira a assinatura de um cessar fogo e um acordo de paz. Mais detalhes devem ser especificados nesta quinta, quando o acordo será oficialmente assinado em Havana – com a presença de diversos líderes mundiais responsáveis pela negociação. O tratado deve prever um cronograma para o cessar-fogo, a devolução de armas pelas Farc e um tribunal específico para julgamento de crimes cometidos pelos guerrilheiros. É provável que os termos ainda terão de ser aprovados pela população colombiana em referendo ou plebiscito, conforme prometido pelo presidente Juan Manuel Santos.
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Indecisão no Reino Unido
Um dia antes do referendo que decide a permanência do Reino Unido na União Europeia, as pesquisas sobre o resultado permanecem incertas. Dentre os dois principais levantamentos publicados nesta quarta, os favoráveis à permanência se encontram um ponto percentual à frente na pesquisa da Opinium e dois pontos atrás na da TNS. Contudo, a pesquisa anterior da TNS, feita em 14 de julho, mostrava um resultado muito mais favorável à saída, que tinha sete pontos de vantagem sobre a permanência – o que pode mostrar uma mudança de opinião no eleitorado britânico. Em média, cerca de 9% da população ainda segue indecisa.
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Brexit já causa perdas
Um relatório da S&P Global Market Intelligence mostrou que, desde o dia 15 de julho, os investidores retiraram mais de 11 bilhões de dólares das 10 maiores economias da Europa, devido à preocupação com um possível Brexit. Só o Vanguard FTSE Europe, um dos maiores fundos de investimento da Europa, retirou mais de 1 bilhão dos mercados europeus.
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Trump é melhor
Uma pesquisa feita pela agência de notícias Bloomberg entre mais de 900 investidores e pessoas ligadas ao mercado financeiro mostrou que o candidato republicano à presidência americana, Donald Trump, instiga mais confiança do que a rival Hillary Clinton. Dentre os entrevistados, 50% acreditam que uma vitória de Trump será melhor para seus negócios, enquanto apenas 33% avaliam Hillary dessa forma. As respostas foram similares tanto entre pequenos quanto grandes investidores. A margem de erro é de 2 pontos percentuais.
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Índia ao infinito e além
A Índia enviou ao espaço nesta quarta-feira um foguete com 20 satélites, quebrando um recorde na história espacial do país: é a maior operação espacial indiana, e a terceira com o maior número de satélites já lançados numa única missão no mundo. Em 2008, a Índia já havia quebrado um recorde ao enviar 10 satélites ao espaço, mas foi ultrapassada em seguida por Estados Unidos e Rússia. Os Estados Unidos são donos de alguns dos satélites lançados na missão indiana, assim como Canadá, Alemanha e Indonésia. Estima-se que os custos de lançar satélites num foguete indiano seja pelo menos 50% menor do que numa missão americana, por exemplo.
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Os paineis da Tesla
A montadora de veículos elétricos Tesla fez uma oferta de 2,8 bilhões de dólares pela SolarCity, fabricante de painéis solares. Se concretizado, o negócio criaria a maior empresa de energia solar dos Estados Unidos. A transação é a menina dos olhos do executivo Elon Musk, que é presidente do conselho da SolarCity e presidente e fundador da Tesla. O mercado não reagiu bem à notícia e as ações da Tesla caíram cerca de 10%, diante da desconfiança de que o negócio afastaria a montadora do setor automotivo. Musk disse que a negociação faria o valor de mercado da Tesla – hoje em 30 bilhões de dólares – saltar para até 1 trilhão no futuro.
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Instagram dobra
O aplicativo de fotos Instagram dobrou sua base de usuários em dois anos, chegando a 500 milhões de pessoas e 95 milhões de fotos e vídeos postados diariamente. Dados divulgados nesta quarta-feira mostram ainda que 80% dos usuários do aplicativo são de fora dos Estados Unidos. A empresa foi comprada pelo Facebook por 1 bilhão de dólares em 2012, na primeira grande aquisição da companhia de Marck Zuckerberg.