'Pausas' na guerra ajudariam a Rússia, afirma Zelensky
O presidente ucraniano também reiterou que a adesão à Otan seria a melhor garantia de segurança para seu país e para a região
Agência de notícias
Publicado em 11 de janeiro de 2024 às 10h55.
O presidente ucraniano, Volodimir Zelensky , alertou nesta quinta-feira, 11, em Tallin, no segundo dia de seu giro pelos Bálcãs, que qualquer "pausa" na defesa da Ucrânia contra a invasão russa ajudaria Moscou a se rearmar e permitiria "esmagar" Kiev.
"Se a Federação da Rússia gozar de mais dois ou três anos, nos esmagará. Não assumiremos este risco (...) Não haverá pausa em benefício da Rússia", declarou em uma entrevista coletiva conjunta com o presidente da Estônia, Alar Karis.
"Uma pausa no campo de batalha, no território da Ucrânia, não é uma pausa na guerra. Isso não significa que a guerra terminou. E isso não leva a um diálogo político com a Federação da Rússia nem com mais ninguém", insistiu.
A visita de Zelensky, que também viajará à Letônia nesta quinta-feira, ocorre em meio a intensos bombardeios russos que atingem a Ucrânia desde dezembro.
Estônia, Lituânia e Letônia, ex-repúblicas soviéticas que hoje fazem parte da Otan e da União Europeia, são firmes aliados de Kiev contra a invasão russa.
O presidente ucraniano também reiterou que a adesão à Otan seria a melhor garantia de segurança para seu país e para a região.
"A adesão à Otan seria a melhor garantia de segurança para a Ucrânia de que a agressão russa não se repetirá. Também seria a melhor garantia de segurança para os países bálticos, para a Polônia, e a possibilidade de um futuro diferente para Belarus", disse.
O presidente da Estônia confirmou, por sua vez, o apoio inabalável de seu país à Kiev.
"Nesta guerra brutal, neste grande campo de batalha, todos somos aliados que lutam pela liberdade", declarou Karis, considerando que "a solução, que consiste em fazer o agressor recuar, requer um esforço conjunto de todos os países democráticos".
Segundo ele, Moscou espera que a frente unida de aliados de Kiev se rompa, o que garantiu que fará o possível para evitar que aconteça. "A guerra deve terminar com a vitória da Ucrânia", finalizou.