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Partidos se preparam para as eleições mais disputadas do Brasil

Desde a redemocratização, todas as pesquisas a pelo menos 4 meses do pleito já mostravam um favorito, ao contrário de agora

Da esquerda para a direita, Dilma Roussef, do PT, José Serra, do PSDB, e Marina Silva, do PV, pré-candidatos à Presidência (ABr)

Da esquerda para a direita, Dilma Roussef, do PT, José Serra, do PSDB, e Marina Silva, do PV, pré-candidatos à Presidência (ABr)

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h36.

Brasília - Os partidos políticos do Brasil realizarão a partir de amanhã suas convenções nacionais, um passo prévio à campanha para as eleições presidenciais de outubro, que pelo que tudo indica serão as mais apertadas da história eleitoral do país.

Pelas últimas pesquisas de opinião, o cenário está totalmente polarizado entre a ex-ministra-chefe da Casa Civil, a pré-candidata do PT, Dilma Rousseff, e o ex-governador de São Paulo, pré-candidato do PSDB, José Serra.

Dilma, candidata do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e Serra, a maior força da oposição, têm ambos 37% de apoio nas pesquisas.

Em todas as eleições anteriores, faltando quatro meses, um candidato já despontava como favorito. Por isso, o atual cenário é considerado pelos analistas como o mais imprevisto da história política do país.

A terceira na disputa é a candidata do Partido Verde (PV), a ex-ministra do Meio Ambiente Marina Silva, quem com cerca de 10% das preferências pode ser o fiel da balança no processo eleitoral que será realizada em 3 de outubro.

O PV será o primeiro a realizar a convenção nacional, que amanhã reunirá em Brasília centenas de dirigentes e militantes de uma formação que, após ter apoiado a gestão de Lula, se afastou do Governo diante da aproximação das eleições.


Marina Silva, uma fervorosa ecologista, foi ministra durante os primeiros seis anos de Governo Lula, mas começou a ser deixada de lado no Governo pela sua rejeição aos polêmicos planos de desenvolvimento impulsionados por Dilma na região amazônica.

Pelas divergências, a agora candidata do PV também deixou o PT, partido que militou durante quase três décadas.

No sábado, em Salvador, será realizada a convenção do PSDB, que pretende dar impulso à candidatura de Serra no nordeste do país. Nessa região, Dilma tem grande apoio devido aos programas sociais do Governo Lula.

No mesmo dia, em Brasília, o PMDB fará sua convenção, para reafirmar o apoio a aliança com o PT.

Com esse objetivo, e a fim de aproveitar a enorme força do PMDB, o PT anunciou o líder do partido, Michel Temer, como pré-candidato a vice-presidente na aliança que será referendada neste sábado.

A última das convenções será a do PT, no domingo em Brasília, que oficializará sua aliança eleitoral com o PMDB e apresentará Temer ao lado de Dilma.

Está prevista para este ato a presença de Lula, que pretende transferir os seus 70% de popularidade à ex-ministra, para garantir a continuidade do projeto que iniciou em 2003, quando começou sua Gestão.

As eleições de outubro serão as primeiras que o PT não terá Lula como candidato presidencial.

O ex-sindicalista liderou as formações que o partido apresentou nas eleições presidenciais de 1989, 1994 e 1998, ganhou as de 2002 e foi reeleito para um segundo período nas de 2006, mas não poderá concorrer para um terceiro mandato consecutivo, porque a Constituição assim o impede.


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