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Partidos britânicos retomam campanha com temores de segurança

Nova pesquisa indicou que o Partido Trabalhista diminuiu para cinco pontos a vantagem do Partido Conservador, da primeira-ministra britânica, Theresa May

Theresa May convocou a eleição antecipada para fortalecer sua posição nas negociações da desfiliação do Reino Unido da União Europeia (Neil Hall/Reuters)

Theresa May convocou a eleição antecipada para fortalecer sua posição nas negociações da desfiliação do Reino Unido da União Europeia (Neil Hall/Reuters)

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Reuters

Publicado em 26 de maio de 2017 às 09h12.

Londres - A campanha para a eleição de junho no Reino Unido foi retomada com força total nesta sexta-feira, mesmo com o país ainda em alerta máximo para possíveis novos ataques de militantes dias depois de um homem-bomba matar 22 pessoas na cidade de Manchester.

Uma nova pesquisa indicou que o Partido Trabalhista, de oposição, diminuiu para cinco pontos a vantagem do Partido Conservador, da primeira-ministra britânica, Theresa May, e que o orçamento da polícia e a política externa emergiram como temas centrais da campanha.

Policiais armados estão patrulhando cidades e trens e hospitais foram instruídos a ficarem de prontidão, mas o ministro da Segurança, Ben Wallace, disse não haver indícios de uma ameaça específica no final de semana prolongado por um feriado, no qual uma série de eventos irá acontecer.

Em Manchester, a polícia que investiga uma possível rede por trás de Salman Abedi, o jovem de 22 anos de pais líbios que se explodiu após um show da cantora norte-americana Ariana Grande, fez mais uma prisão e buscas em mais propriedades.

"A polícia está confiante de que está em posição de ter uma boa cobertura do que aconteceu e de contê-la (a rede)", disse Wallace à rádio BBC.

Pela primeira vez desde o ataque, políticos retomaram a campanha em escala nacional para a votação de 8 de junho, e uma pesquisa de opinião mostrou May só com cinco pontos na dianteira -- ela já teve 23 pontos de vantagem.

May convocou a eleição antecipada para fortalecer sua posição nas negociações da desfiliação do Reino Unido da União Europeia, mas sua campanha teve problemas quando ela prometeu fazer com que os idosos paguem mais pela assistência social, e na segunda-feira ela foi obrigada a voltar atrás em uma proposta chamada por seus opositores de "imposto da demência".

Os conservadores da premiê viram seu apoio cair para 42 por cento e a aprovação dos trabalhistas subir para 38 por cento na sondagem do instituto YouGov, o que fez a libra esterlina perder mais de meio por cento de seu valor perante o dólar e o euro.

Em um discurso que fará em Londres, o líder trabalhista, Jeremy Corbyn, deve criticar May por reduzir o número de policiais e dizer que o envolvimento britânico em guerras estrangeiras aumentou a ameaça de terrorismo.

"Não podemos ser protegidos e cuidados pagando pouco", irá argumentar Corbyn. Opositores o acusaram de politizar o ataque em Manchester.

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