Mundo

Conservadores se viram contra Theresa May e decidem se ela fica no poder

Moção de censura contra Theresa May foi movida contra seu próprio partido em razão da crise sobre a votação do Brexit. Se perder, deixará o poder

Theresa May: primeira-ministra britânica terá liderança escrutinada em votação (Simon Dawson/Reuters)

Theresa May: primeira-ministra britânica terá liderança escrutinada em votação (Simon Dawson/Reuters)

E

EFE

Publicado em 12 de dezembro de 2018 às 07h20.

Última atualização em 12 de dezembro de 2018 às 08h25.

Londres - A primeira-ministra do Reino Unido, Theresa May, terá que enfrentar nesta quarta-feira uma moção de censura, depois que o Partido Conservador recebeu as cartas necessárias para iniciar esse processo, anunciou o Comitê 1922, que reúne este grupo na Câmara dos Comuns.

O presidente do comitê, Graham Brady, recebeu as 48 mensagens necessárias dos deputados para convocar a votação. Se a premier perder a votação, o partido no poder iniciará um processo interno para escolher um novo líder, se vencer a votação, não poderá ser realizado no período de um ano outro processo similar interno, de acordo com as regras do partido.

Brady comunicou que a votação será realizada hoje, entre 18h e 20h (horário local, 16h e 18h de Brasília), na sala número 14 da Câmara Baixa.

"Os votos serão contados imediatamente depois e o resultado será anunciado quando possível esta noite", acrescentou.

As cartas foram enviadas no meio da crise que vive o governo pela decisão de Theresa May de atrasar a importante votação que aconteceria ontem sobre o acordo do Brexit nos Comuns.

A primeira-ministra conservadora decidiu adiar a votação, que ela tinha grandes chances de perder, dada a rejeição que o pacto gerou entre os "tories" eurocéticos e muitos da oposição.

Diante desta situação, a primeira-ministra iniciou ontem intensos contatos com líderes europeus com o objetivo de conseguir algum tipo de concessão da União Europeia (UE) que permita que o acordo ultrapasse o processo parlamentar em Londres.

Após conhecer o anúncio, o ministro das Relações Exteriores do Reino Unido, Jeremy Hunt, afirmou em sua conta do Twitter que apoiará Theresa May, pois ela está realizando "atualmente o trabalho mais difícil" e acrescentou que "a última coisa que o país precisa é um processo (interno) longo e prejudicial".

"O Brexit nunca seria fácil, mas ela é a melhor pessoa para garantir que deixemos a UE no dia 29 de março", afirmou Hunt. Os eurocéticos manifestaram sua oposição ao acordo por referência à salvaguarda destinada a evitar uma fronteira física entre as duas Irlandas.

Acompanhe tudo sobre:BrexitReino UnidoTheresa MayUnião Europeia

Mais de Mundo

Porto de Xangai atinge marca histórica de 50 milhões de TEUs movimentados em 2024

American Airlines retoma voos nos EUA após paralisação nacional causada por problema técnico

Papa celebra o Natal e inicia o Jubileu 2025, 'Ano Santo' em Roma

Israel reconhece que matou líder do Hamas em julho, no Irã