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Participação em eleições regionais na França sobe para 43%

O primeiro-ministro da França pediu que os franceses votassem e comparou as cédulas de votação como uma "arma" da democracia contra o terrorismo

França: é a primeira vez que o país realiza um pleito em nível nacional no mês de dezembro em meio século (.)
DR

Da Redação

Publicado em 6 de dezembro de 2015 às 14h49.

Paris -- O índice de participação às 17h locais deste domingo (14h em Brasília) no primeiro turno das eleições regionais da França foi de 43,01%, um sensível aumento em relação aos 39,29% registrados no mesmo pleito há cinco anos.

Os franceses decidiram ir às urnas na parte da tarde, fato considerado comum nas eleições do país. Ao meio-dia (10h em Brasília), a participação era de apenas 16,27%, quase igual aos 16,07% registrados em 2010 no mesmo horário.

O pleito, realizado ainda com o estado de estado de emergência em vigor, é marcado pelos recentes atentados do dia 13 de novembro em Paris, que fizeram com que a campanha eleitoral passasse praticamente despercebida.

O aumento provisório da participação provoca um vislumbre de uma maior mobilização cidadã nas urnas, que fecharam na maioria do país às 18h locais (15h em Brasília). Em alguns núcleos urbanos, porém, elas seguirão abertas até às 20h locais (17h em Brasília).

No entanto, os analistas lembram a abstenção recorde de 53,6% registrada no primeiro turno das eleições regionais realizadas em março de 2010.

É a primeira vez que a França realiza um pleito em nível nacional no mês de dezembro em meio século. A grande novidade dessas eleições será a diminuição do número de regiões do país - de 22 para 13 -, parte do processo de simplificação administrativa lançada pelo presidente do país, François Hollande .

Grande parte dos líderes políticos já votou. Hollande, por exemplo, acordou cedo para registrar o voto em Tulle, no centro do país. Porém, não pode aproveitar o dia para passear pelas ruas e saudar velhos conhecidos da cidade da qual foi prefeito durante sete anos (2001-2008) por causa das medidas de segurança.

Já o primeiro-ministro, Manuel Valls, votou na cidade de Évry, nos arredores de Paris, onde também foi prefeito. Depois de registrar seu voto, Valls pediu que todos os franceses participem do pleito após os atentados e comparou as cédulas como uma "arma" da democracia contra o terrorismo.

Com a reforma administrativa de Hollande, os conselhos regionais tiveram suas competências reforçadas, passando a ter mais poder sobre o desenvolvimento econômico, o planejamento e financiamento do transporte público e na organização da educação.

Cerca de 44,6 milhões de franceses podem participar da eleição que escolherá 1.757 conselheiros regionais entre 21.456 candidatos, distribuídos em 171 listas.

Esse é o último teste político antes do pleito presidencial de 2017 e pode terminar com ampla vitória dos ultranacionalistas da Frente Nacional (FN), liderados por Marine Le Pen, que lidera as pesquisas à frente do Republicanos, partido do ex-presidente Nicolás Sarkozy.

Todas as pesquisas apontam uma derrota histórica do Partido Socialista, de Hollande, que atualmente controlam todas as regiões do país exceto Alsácia, que é governada pelos conservadores.

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Paris -- O índice de participação às 17h locais deste domingo (14h em Brasília) no primeiro turno das eleições regionais da França foi de 43,01%, um sensível aumento em relação aos 39,29% registrados no mesmo pleito há cinco anos.

Os franceses decidiram ir às urnas na parte da tarde, fato considerado comum nas eleições do país. Ao meio-dia (10h em Brasília), a participação era de apenas 16,27%, quase igual aos 16,07% registrados em 2010 no mesmo horário.

O pleito, realizado ainda com o estado de estado de emergência em vigor, é marcado pelos recentes atentados do dia 13 de novembro em Paris, que fizeram com que a campanha eleitoral passasse praticamente despercebida.

O aumento provisório da participação provoca um vislumbre de uma maior mobilização cidadã nas urnas, que fecharam na maioria do país às 18h locais (15h em Brasília). Em alguns núcleos urbanos, porém, elas seguirão abertas até às 20h locais (17h em Brasília).

No entanto, os analistas lembram a abstenção recorde de 53,6% registrada no primeiro turno das eleições regionais realizadas em março de 2010.

É a primeira vez que a França realiza um pleito em nível nacional no mês de dezembro em meio século. A grande novidade dessas eleições será a diminuição do número de regiões do país - de 22 para 13 -, parte do processo de simplificação administrativa lançada pelo presidente do país, François Hollande .

Grande parte dos líderes políticos já votou. Hollande, por exemplo, acordou cedo para registrar o voto em Tulle, no centro do país. Porém, não pode aproveitar o dia para passear pelas ruas e saudar velhos conhecidos da cidade da qual foi prefeito durante sete anos (2001-2008) por causa das medidas de segurança.

Já o primeiro-ministro, Manuel Valls, votou na cidade de Évry, nos arredores de Paris, onde também foi prefeito. Depois de registrar seu voto, Valls pediu que todos os franceses participem do pleito após os atentados e comparou as cédulas como uma "arma" da democracia contra o terrorismo.

Com a reforma administrativa de Hollande, os conselhos regionais tiveram suas competências reforçadas, passando a ter mais poder sobre o desenvolvimento econômico, o planejamento e financiamento do transporte público e na organização da educação.

Cerca de 44,6 milhões de franceses podem participar da eleição que escolherá 1.757 conselheiros regionais entre 21.456 candidatos, distribuídos em 171 listas.

Esse é o último teste político antes do pleito presidencial de 2017 e pode terminar com ampla vitória dos ultranacionalistas da Frente Nacional (FN), liderados por Marine Le Pen, que lidera as pesquisas à frente do Republicanos, partido do ex-presidente Nicolás Sarkozy.

Todas as pesquisas apontam uma derrota histórica do Partido Socialista, de Hollande, que atualmente controlam todas as regiões do país exceto Alsácia, que é governada pelos conservadores.

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