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Parlamento venezuelano suspende sessão por falta de quórum

Depois de verificada a ausência de quórum duas vezes, o presidente do legislativo, o férreo opositor Henry Ramos Allup, suspendeu a sessão


	Parlamento:o Tribunal Supremo de Justiça declarou nulas as decisões do Legislativo devido à posse de três deputados impugnados pelo governo
 (Carlos Garcia Rawlins / Reuters)

Parlamento:o Tribunal Supremo de Justiça declarou nulas as decisões do Legislativo devido à posse de três deputados impugnados pelo governo (Carlos Garcia Rawlins / Reuters)

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Da Redação

Publicado em 12 de janeiro de 2016 às 13h42.

O parlamento venezuelano de maioria opositora suspendeu nesta terça-feira suas sessões ordinárias argumentando falta de quórum, depois da decisão judicial da véspera que anulou todas suas decisões por ter incorporado três deputados impugnados pelo governo.

Depois de verificada a ausência de quórum duas vezes, o presidente do legislativo, o férreo opositor Henry Ramos Allup, suspendeu a sessão e a convocou para quarta-feira, às 10h30 local (13h00 de Brasília) constataram os jornalistas da AFP.

Na véspera, o Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) da Venezuela declarou nulas as decisões do Legislativo devido à posse de três deputados impugnados pelo governo, agravando a crise política no país.

A Sala Eleitoral do TSJ considerou "totalmente nulos os atos da Assembleia Nacional que tenham sido ditados, ou que forem ditados, enquanto se mantiver a incorporação dos parlamentares de oposição questionados", apontou a sentença.

O TSJ também declarou em desacato os três deputados e a direção do Parlamento, integrada totalmente pela oposição.

A oposição venezuelana reagiu, afirmando que seus 112 deputados continuarão atuando, apesar do anúncio feito pelo TSJ.

O TSJ já havia admitido um recurso de ilegalidade, apresentado pela bancada chavista, contra a posse dos três deputados impugnados, cujos casos são analisados pelo Supremo.

O número dois do chavismo, Diosdado Cabello, afirmou nesta segunda-feira que nenhum poder público é obrigado a reconhecer o Legislativo após a decisão do STJ de anular os atos da Assembleia.

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