Mundo

Parlamento venezuelano afasta deputados suspensos

Acatando ordem do Supremo Tribunal de Justiça do país, a Assembleia Nacional ordenou a suspensão cautelar de três opositores eleitos pelo estado Amazonas


	Oposição venezuelana na Assembleia Nacional: a maioria da Mesa da Unidade Democrática na AN cai de 112 a 109 legisladores
 (Carlos Garcia Rawlins/Reuters)

Oposição venezuelana na Assembleia Nacional: a maioria da Mesa da Unidade Democrática na AN cai de 112 a 109 legisladores (Carlos Garcia Rawlins/Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 13 de janeiro de 2016 às 14h41.

Caracas - A Assembleia Nacional (AN) venezuelana, controlada pela oposição, acatou nesta quarta-feira a decisão do Supremo Tribunal de Justiça (STJ) que ordenou a suspensão cautelar de três opositores eleitos pelo estado Amazonas, cuja posse tinha sido declarada em desacato.

"Se acata ou se cumpre, ou se observa, palavras sinônimas. Não temos nenhum problema em dizê-lo se isso satisfaz ou contribui para que vocês ajudem a câmara a cumprir seus deveres constitucionais", disse o presidente do parlamento, Henry Ramos Allup.

Desta maneira, e enquanto o STJ decide sobre a impugnação chavista da eleição dos legisladores amazônicos, a maioria da Mesa da Unidade Democrática (MUD) na AN cai de 112 a 109 legisladores.

A decisão de acatar a decisão foi tomada depois de os três opositores suspensos solicitarem ao parlamento seu afastamento do cargo para poderem se defender, e ao mesmo tempo pôr um ponto final à crise institucional que sua entrada na Assembleia implicou.

Nirma Guarulla, Romel Guzamana, e Julio Ygarza são os três deputados cuja proclamação foi suspensa pelo Tribunal dias antes de fazerem o juramento, como medida cautelar ao recurso de impugnação interposto pelo chavismo, que alegou fraude nas eleições legislativas nesse estado, realizadas, assim como no resto do país, em 6 de dezembro passado.

A junta direção da AN, controlada pela oposição, desobedeceu a medida e tomou o juramento dos três deputados, o que provocou uma nova sentença do Supremo, de desacato da câmara recém-formada, e a nulidade de todos seus atos enquanto os parlamentares suspensos não abandonassem seus cargos.

O chavismo tinha se recusado a proporcionar o quórum necessário para o parlamento funcionar enquanto se mantivesse em desacato.

O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, solicitou ao STJ que informasse a qual instância ele deveria prestar contas e quando, se a AN insistisse no desacato. 

Acompanhe tudo sobre:América LatinaJustiçaOposição políticaVenezuela

Mais de Mundo

Republicanos exigem renúncia de Biden, e democratas celebram legado

Apesar de Kamala ter melhor desempenho que Biden, pesquisas mostram vantagem de Trump após ataque

A estratégia dos republicanos para lidar com a saída de Biden

Se eleita, Kamala será primeira mulher a presidir os EUA

Mais na Exame