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Parlamento iraquiano se reúne domingo para formar governo

Anúncio anterior adiava por um mês a sessão parlamentar prevista para esta terça-feira


	Parlamento iraquiano deve voltar a se reunir neste domingo,13
 (Ahmad Al-Rubaye)

Parlamento iraquiano deve voltar a se reunir neste domingo,13 (Ahmad Al-Rubaye)

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Da Redação

Publicado em 8 de julho de 2014 às 15h55.

Bagdá - O Parlamento iraquiano se reunirá no domingo para tentar abrir caminho para a formação de um governo, em plena ofensiva dos insurgentes sunitas, em um país politicamente paralisado por divisões comunitárias.

O anúncio oficial de adiar por um mês, até 12 de agosto, a sessão parlamentar prevista para esta terça-feira provocou muitas críticas por parte dos iraquianos e das autoridades internacionais, no momento em que o país está à beira do abismo.

Mas os parlamentares voltaram atrás e anunciaram que "a nova data será no domingo, dia 13 de julho", anunciou à AFP um funcionário do gabinete do presidente interino do Parlamento, Mahdu Hafez.

Adiar em um mês "a sessão do Parlamento revoltou os iraquianos que vivem em meio a uma verdadeira guerra e estão sem trabalho", explicou Essam al-Bayati, professor da Universidade de Kirkuk (norte).

A primeira sessão do novo Parlamento foi realizada no dia 1º de julho, dois meses após as legislativas de 30 de abril. Foi uma sessão caótica na qual parte dos deputados abandonaram a câmara.

Os deputados devem escolher o presidente do Parlamento; e nas próximas semanas, o presidente da República. Este, por sua vez, deverá nomear um primeiro-ministro. A Constituição prevê que este processo não dure mais de 45 dias após a primeira reunião do Parlamento.

Segundo uma norma não escrita, o cargo de primeiro-ministro é para um xiita, comunidade majoritária no Iraque, a Presidência da República fica com um curdo e a do Parlamento vai para um sunita.

O Iraque, minado pelas divisões, sofre uma grande paralisia política há anos. O país é assolado por uma escalada da violência que se agravou com a ofensiva lançada no início de junho por insurgentes liderados pelos jihadistas ultrarradicais do Estado Islâmico (EI).

"Há uma crise, e este adiamento por questão de cálculos e de acordos entre políticos é a maior das traições para os iraquianos que votaram neles", criticou o comerciante Abu Musa.

O premiê Maliki está em fim de mandato e seu bloco liderou os resultados das eleições, mas sem maioria. Ele afirmou na semana passada que queria cumprir um terceiro mandato, apesar dos apelos tanto no Iraque quanto no exterior para que ceda o posto a um governo de união.

No poder desde 2006, Maliki é criticado por sua política de exclusão da minoria sunita e por seu autoritarismo.

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