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Parlamento iraniano apoia esforço de presidente Rouhani

Presidente iraniano falou brevemente com parlamentares em sua viagem, incluindo discussões sobre a disputa nuclear do Irã com o Ocidente e as relações regionais


	Hassan Rohani: grupo de 230 parlamentares, de um total de 290, assinou declaração expressando apoio a Rouhani por apresentar a imagem de um "Irã poderoso e pacífico"
 (Getty Images)

Hassan Rohani: grupo de 230 parlamentares, de um total de 290, assinou declaração expressando apoio a Rouhani por apresentar a imagem de um "Irã poderoso e pacífico" (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 2 de outubro de 2013 às 09h40.

Dubai - O Parlamento iraniano apoiou a tentativa diplomática do presidente Hassan Rohani de tentar dispersar a desconfiança internacional sobre o Irã em discurso na ONU na semana passada, durante uma visita que terminou com uma conversa por telefone histórica com o presidente dos EUA, Barack Obama, disse a mídia iraniana.

O apoio da assembleia controlada por facções políticas muito leais ao líder supremo do Irã, o aiatolá Ali Khamenei, é mais um sinal de que Rouhani tem o apoio do establishment iraniano, embora haja alguma reclamação dos radicais.

Khamenei, a figura mais poderosa no Irã, ainda não comentou publicamente a viagem de Rouhani.

O presidente iraniano falou brevemente com parlamentares em sua viagem, incluindo discussões sobre a disputa nuclear do Irã com o Ocidente e as relações regionais, disse a agência de notícias estudantil Isna na noite de terça-feira.

Um grupo de 230 parlamentares, de um total de 290, assinou uma declaração expressando seu apoio a Rouhani por apresentar a imagem de um "Irã poderoso e pacífico que busca discutir e interagir para ajustar as questões regionais e internacionais", disse a agência de notícias Fars.

Enquanto a visita de Rouhani a Nova York aumentou a esperança de um progresso diplomático nas negociações para resolver a disputa de 10 anos sobre o programa nuclear do Irã, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, rejeitou-a na terça-feira como um ardil tramado por um "lobo em pele de cordeiro".


Estados Unidos, Israel e outros países acusam o Irã de usar seu programa nuclear como uma cortina para os esforços de tentar desenvolver a capacidade de produzir armas. O Irã diz que o programa tem fins pacíficos, e visa apenas produzir energia.

O ministro das Relações Exteriores do Irã, Mohammad Javad Zarif, disse que Netanyahu e o "lobby sionista" tentavam atrapalhar as negociações.

"Não vamos deixar Netanyahu determinar o futuro de nossas conversas", escreveu Zarif em sua página no Facebook.

A próxima rodada de negociações nucleares entre o Irã e as seis potências mundiais deve acontecer em Genebra daqui a duas semanas.

Dentro do Irã, mesmo quando os conservadores apoiam Rouhani, que garantiu uma vitória eleitoral em junho prometendo moderação na política externa, havia sinais de que alguns temiam que o presidente estivesse indo rápido demais.

O presidente do Parlamento, Ali Larijani, elogiou o discurso de Rouhani na Assembleia-Geral da ONU, disse a ISNA. Mas Larijani, defensor do establishment conservador, não mencionou o telefonema de Rouhani para Obama.

O chefe da poderosa Guarda Revolucionária disse na segunda-feira que o telefonema tinha sido prematuro, um sinal de desconforto e possível início de resistência dos linhas-duras iranianos ao relativamente moderado Rouhani.

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