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Parlamento grego elege ex-ministro Nikos Vutis a presidência

O parlamento da Grécia elegeu o deputado do Syriza, Nikos Vutsis, como seu presidente, com 181 votos dos 297 presentes


	Bandeiras da Grécia
 (Yorgos Karahalis/Bloomberg)

Bandeiras da Grécia (Yorgos Karahalis/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 4 de outubro de 2015 às 11h33.

Atenas - O parlamento da Grécia elegeu neste domingo o deputado do Syriza, Nikos Vutsis, como seu presidente, com 181 votos dos 297 presentes, em uma câmara com 300 cadeiras.

Vutsis substitui a deputada do Syriza, Zoe Konstandopoulou, que na legislatura anterior tinha alcançado 235 votos, o melhor resultado da história.

Nos oito meses que durou a última legislatura, Konstandopoulou se transformou em uma das figuras mais controvertidas do Syriza, por atrasar muitos debates e procedimentos parlamentares porque não se ajustavam aos cânones.

Inimiga da assinatura do resgate e crítica à gestão do primeiro-ministro Alexis Tsipras, Konstandopoulou se candidatou nas eleições antecipadas de 20 de setembro pela lista do União Popular, o partido dissidente do Syriza, que não alcançou representação parlamentar.

Em seu discurso após ser eleito, Vutsis deu especial importância ao combate à corrupção com "seriedade" e a tornar o parlamento uma instituição mais próxima do cidadão.

Vutsis, engenheiro de 64 anos, foi ministro do Interior e de Reconstrução Produtiva durante o primeiro governo de Tsipras.

Em sua juventude participou ativamente do movimento estudantil contra a ditadura dos Coronéis e, como outros muitos membros do Syriza, incluído Tsipras, foi membro do Partido Comunista KKE.

O novo parlamento grego foi constituído ontem com o juramento de seus 300 deputados.

A câmara está formada por oito partidos, com o Syriza como primeira força, com 145 deputados, seguido do partido conservador Nova Democracia, com 75 cadeiras.

Os neonazistas de Amanhecer Dourado continuam sendo a terceira força, com 18; seguidos pela aliança dos social-democratas do Pasok com a esquerda moderada Dimar (17), o KKE (15) e o centrista To Potami (11).

Os nacionalistas Gregos Independentes, parceiros de coalizão do Syriza, tem 10 deputados, e a União de Centristas, partido fundado na década de 80 que até agora não tinha conseguido ultrapassar a clásula de barreira para entrar no parlamento, com nove.

Amanhã, segunda-feira, Tsipras exporá no parlamento seu programa de governo para os próximos quatro anos, dando início a um debate que durará três dias e terminará à meia-noite de quarta-feira, com o voto de confiança do novo Executivo. 

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