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Parlamento de Cuba critica apoio do Congresso americano a manifestantes

O pronunciamento acusa os Estados Unidos de incrementar "ações subversivas" com campanhas nas redes sociais "para distorcer" a realidade cubana

'As ruas pertencem aos revolucionários', diz cartaz de manifestante pró-governo, durante protesto contra o presidente cubano, Miguel Diaz-Canel, em Havana. (AFP/AFP)

'As ruas pertencem aos revolucionários', diz cartaz de manifestante pró-governo, durante protesto contra o presidente cubano, Miguel Diaz-Canel, em Havana. (AFP/AFP)

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AFP

Publicado em 7 de novembro de 2021 às 21h07.

O Parlamento cubano chamou de nociva a seu país a iniciativa aprovada pela Câmara dos Representantes dos Estados Unidos que apoia os detidos nas manifestações de 11 de julho contra o governo de Cuba e pede que Havana não prenda manifestantes pacíficos.

A resolução aprovada pela câmara na última quarta-feira tem um conteúdo "nocivo à nossa soberania e direcionado a apoiar a guerra não convencional que seu governo realiza contra o nosso país", declarou na noite deste sábado a Comissão de Relações Internacionais da Assembleia Nacional do Poder Popular de Cuba.

O pronunciamento acusa os Estados Unidos de incrementar "ações subversivas" com campanhas nas redes sociais "para distorcer" a realidade cubana, "tentar provocar uma desestabilização, aparentar ingovernabilidade, promover o caos e impor um golpe brando, que ponha fim à Revolução Socialista".

A iniciativa dos congressistas americanos pede às Forças Armadas Revolucionárias de Cuba (FAR), ao Ministério do Interior e à Polícia Nacional Revolucionária (PNR) "que não prendam manifestantes pacíficos". Além disso, insta as autoridades de Havana a libertar "imediatamente todos os presos políticos e detidos arbitrariamente" que permaneçam sob custódia após os protestos.

A resolução dos deputados americanos foi anunciada no contexto da convocação feita por opositores para uma passeata em Havana e em seis províncias no próximo dia 15, com o objetivo de pedir a libertação dos presos políticos. Os organizadores mantêm a intenção de se manifestarem pacificamente, apesar de o governo ter proibido o protesto.

"Alertamos mais uma vez os legisladores de todo o mundo para uma possível nova escalada da política de confronto dos Estados Unidos contra o nosso país", advertiu a Comissão de Relações Exteriores da Assembleia Nacional de Cuba.

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