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Parlamento da Síria aprova nova lei eleitoral

Lei abre as portas, ao menos na teoria, para que múltiplos candidatos concorram para a presidência


	Presidente sírio, Bashar al-Assad: alteração ocorre meses antes de Assad completar o mandato de sete anos
 (AFP)

Presidente sírio, Bashar al-Assad: alteração ocorre meses antes de Assad completar o mandato de sete anos (AFP)

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Da Redação

Publicado em 13 de março de 2014 às 21h06.

Damasco - O Parlamento da Síria aprovou por unanimidade uma nova lei eleitoral nesta quinta-feira, o que abre as portas, ao menos na teoria, para que múltiplos candidatos concorram para a presidência.

A alteração ocorre meses antes de Bashar Assad completar o mandato de sete anos. Oficiais do governo disseram que as eleições serão conduzidas a tempo e que Assad sugeriu que irá concorrer para mais um mandato, mas ainda não confirmou a informação.

O Partido Baath está no comando do país desde que assumiu o poder em 1963, via um golpe, sendo que nas últimas eleições presidenciais, conduzidas por Bashar Assad e seu falecido pai, Hafez Assad, continham apenas um candidato, com duas opções: "sim" ou "não". A votação deve acontecer de 60 a 90 dias antes de o governo Assad terminar, em 17 de julho.

A alteração na lei foi anunciada após o governo conduzir um referendo em março de 2012 sobre a nova constituição, em uma medida para tentar frear a escalada nos protestos. A oposição classificou o gesto do governo como uma tentativa de implantar reformas superficiais que não farão nada para retirar Assad do poder.

O projeto aprovado hoje determina que para se candidatar a pessoa deve ter nascido na Síria, ter país sírios e viver por 10 anos consecutivos no país antes da nomeação.

Khalid Saleh, membro do grupo de oposição mais alinhado com o Ocidente, a Coalizão Nacional da Síria, afirmou que o fato de Assad tentar a reeleição demonstra o desrespeito pela morte de milhares de sírios. Em comunicado, ele avaliou a nova lei como "ilegítima" e declarou que seu partido "fortemente rejeita a participação de membros opositores como candidatos contra Assad nas eleições presidenciais, já que isso implicaria o reconhecimento, por nós, da legitimidade de sua presença nas eleições". Fonte: Associated Press.

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