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Parlamento britânico impõe derrota histórica ao Brexit

Agora, primeira-ministra do Reino Unido, Theresa Mary, terá até segunda-feira para apresentar um plano B para os parlamentares

Primeira-ministra, Theresa May sofre derrota no Parlamento britânico (Ben Birchall/Reuters)

Primeira-ministra, Theresa May sofre derrota no Parlamento britânico (Ben Birchall/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 15 de janeiro de 2019 às 17h51.

Última atualização em 15 de janeiro de 2019 às 18h29.

São Paulo - Por 432 votos contra e 202 a favor, o Parlamento britânico rejeitou nesta terça-feira (15) o acordo para o Brexit proposto pela primeira-ministra Theresa May.

É a maior derrota para qualquer governo britânico na história moderna. O recorde anterior foi uma perda por 166 votos em 1924.

Agora, May terá até segunda-feira para apresentar um plano B para os parlamentares.

Após a votação, a primeira-ministra declarou que, dada a escala da derrota, o governo permitirá que seja debatida uma moção de desconfiança, proposta parlamentar apresentada pela oposição com o propósito de derrotar ou constranger o governo.

Em breves comentários, May disse que também organizaria discussões com outras partes para ver como ela pode encontrar uma solução que seja aceitável para todos.

O texto atualizado do acordo sobre os termos da saída britânica a ser apresentado na segunda-feira pode ser emendado pelos parlamentares com suas próprias propostas. 

Por ora, há várias opções em aberto para o futuro britânico: um Brexit sem acordo, que os especialistas afirmam se economicamente desastroso, um Brexit com acordo e até um segundo referendo para decidir se o Reino Unido deve voltar atrás e permanecer na UE.

Antes da votação, ao defender sua proposta, May afirmou que "uma saída sem acordo significaria nenhuma parceria de segurança com a União Europeia”.

Segundo ela, esse desfecho poderia levar ao desmembramento do Reino Unido. Dias antes da votação, a primeira-ministra apelou aos parlamentares para reverem suas posições e evitar que continue no estado de limbo, em que habita há dois anos e meio.

Em referendo sobre a permanência ou saída do Reino Unido da União Europeia, ocorrido em 2016, 52% dos eleitores britânicos votaram a favor do Brexit

A votação começou às 19h00 locais (17h de Brasília) com a análise de quatro emendas apresentadas pelos deputados do documento de 585 páginas fruto de 17 meses de negociações com Bruxelas. Uma delas foi rejeitada e as outras três retiradas de votação.

Jean-Claude Juncker, o presidente da Comissão Européia, diz que observa "com pesar" o resultado da votação do Brexit, conclamando o Reino Unido a se manifestar sobre seus próximos passos:

 

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