Parlamento britânico ouve denúncias de corrupção na Fifa
Ricardo Teixeira, presidente da CBF, é acusado por um dirigente britânico de ter pedido suborno em troca do apoio à Inglaterra como sede da Copa de 2018
Da Redação
Publicado em 10 de maio de 2011 às 17h39.
A Fifa foi alvo de novas acusações de corrupção pelo ex-diretor da campanha inglesa à sede da Copa do Mundo de 2018, incluindo denúncias de pedidos de suborno em troca de votos, com menção inclusive ao presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Ricardo Teixeira.
No caso de Teixeira, Lord David Triesman, ex-presidente da Associação Inglesa de Futebol (FA), que integrou o comitê de campanha britânico, afirmou ter se encontrado com o dirigente brasileiro à margem de um amistoso Inglaterra-Brasil disputado em Doha.
Depois de contar a Teixeira que estava feliz por ter ouvido coisas positivas sobre a candidatura inglesa do ex-presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva, o dirigente teria respondido: "Lula não é nada, venha aqui e me diga o que você tem para mim".
Triesman admitiu que a frase pode ter duplo sentido, e destacou que outros dirigentes da entidade foram mais diretos.
Já o advogado britânico Damian Collins afirmou em um comitê do Parlamento britâncio ter recebido evidências de que o vice-presidente da Fifa, Issa Hayatou, de Camarões, e Jacques Anouma, da Costa do Marfim, receberam subornos para votar na candidatura do Qatar ao Mundial de 2022.
Em um depoimento separado, Triesman acusou os membros do comitê executivo da Fifa de comportamento "impróprio e antiético" no processo de votação das sedes das Copas de 2018 e 2022.
Em dezembro do ano passado, a Fifa anunciou a Rússia como sede de 2018 e o Qatar como anfitriã do Mundial de 2022.
Triesman afirmou que Jack Warner, o influente presidente da Concacaf (Américas do Norte e Central), pediu um pagamento direto de £2,5 milhões (US$ 4 milhões) para a construção de escolas em Trinidad.
David Triesman, que se encontrou com Warner e com Sir Dave Richards, que também integrava o comitê de campanha inglês, disse que a proposta foi rejeitada de maneira imediata.
De acordo com Triesman, Warner voltou a entrar em contato após o terremoto devastador no Haiti em janeiro de 2010, que matou mais de 300.000 pessoas.
Triesman indicou que Warner sugerira que "alguém poderia fazer uma doação" para garantir os direitos de transmissão da Copa do Mundo de 2010 no Haiti em telões, com o objetivo de aliviar os espíritos em uma nação destruída.
"Ele disse que, com o envio de £500.000, ele poderia garantir os direitos", declarou Triesman.
"Eu disse que estava fora de questão. Algum tempo depois, fiquei sabendo que ele era o dono dos direitos".
Em outro incidente, ele acusou o paraguaio Nicolas Leoz, presidente da Conmebol, de ter solicitado um título de cavaleiro da coroa durante um encontro em Assunção, em novembro de 2009.
"Eu disse que era completamente impossível, nós não operamos assim. Ele deu de ombros e foi embora", disse Triesman.
Outro acusado foi o tailandês Worawi Makudi, que teria solicitado os direitos de transmissão de um possível amistoso entre Inglaterra e Tailândia.
A Inglaterra foi eliminada na segunda rodada da eleição, com apenas dois de 22 votos. A Rússia venceu mais tarde com 13 votos.
Triesman afirmou ainda que temia prejudicar a candidatura da Inglaterra se viesse a público para revelar os incidentes detalhados agora.
A Fifa foi alvo de novas acusações de corrupção pelo ex-diretor da campanha inglesa à sede da Copa do Mundo de 2018, incluindo denúncias de pedidos de suborno em troca de votos, com menção inclusive ao presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Ricardo Teixeira.
No caso de Teixeira, Lord David Triesman, ex-presidente da Associação Inglesa de Futebol (FA), que integrou o comitê de campanha britânico, afirmou ter se encontrado com o dirigente brasileiro à margem de um amistoso Inglaterra-Brasil disputado em Doha.
Depois de contar a Teixeira que estava feliz por ter ouvido coisas positivas sobre a candidatura inglesa do ex-presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva, o dirigente teria respondido: "Lula não é nada, venha aqui e me diga o que você tem para mim".
Triesman admitiu que a frase pode ter duplo sentido, e destacou que outros dirigentes da entidade foram mais diretos.
Já o advogado britânico Damian Collins afirmou em um comitê do Parlamento britâncio ter recebido evidências de que o vice-presidente da Fifa, Issa Hayatou, de Camarões, e Jacques Anouma, da Costa do Marfim, receberam subornos para votar na candidatura do Qatar ao Mundial de 2022.
Em um depoimento separado, Triesman acusou os membros do comitê executivo da Fifa de comportamento "impróprio e antiético" no processo de votação das sedes das Copas de 2018 e 2022.
Em dezembro do ano passado, a Fifa anunciou a Rússia como sede de 2018 e o Qatar como anfitriã do Mundial de 2022.
Triesman afirmou que Jack Warner, o influente presidente da Concacaf (Américas do Norte e Central), pediu um pagamento direto de £2,5 milhões (US$ 4 milhões) para a construção de escolas em Trinidad.
David Triesman, que se encontrou com Warner e com Sir Dave Richards, que também integrava o comitê de campanha inglês, disse que a proposta foi rejeitada de maneira imediata.
De acordo com Triesman, Warner voltou a entrar em contato após o terremoto devastador no Haiti em janeiro de 2010, que matou mais de 300.000 pessoas.
Triesman indicou que Warner sugerira que "alguém poderia fazer uma doação" para garantir os direitos de transmissão da Copa do Mundo de 2010 no Haiti em telões, com o objetivo de aliviar os espíritos em uma nação destruída.
"Ele disse que, com o envio de £500.000, ele poderia garantir os direitos", declarou Triesman.
"Eu disse que estava fora de questão. Algum tempo depois, fiquei sabendo que ele era o dono dos direitos".
Em outro incidente, ele acusou o paraguaio Nicolas Leoz, presidente da Conmebol, de ter solicitado um título de cavaleiro da coroa durante um encontro em Assunção, em novembro de 2009.
"Eu disse que era completamente impossível, nós não operamos assim. Ele deu de ombros e foi embora", disse Triesman.
Outro acusado foi o tailandês Worawi Makudi, que teria solicitado os direitos de transmissão de um possível amistoso entre Inglaterra e Tailândia.
A Inglaterra foi eliminada na segunda rodada da eleição, com apenas dois de 22 votos. A Rússia venceu mais tarde com 13 votos.
Triesman afirmou ainda que temia prejudicar a candidatura da Inglaterra se viesse a público para revelar os incidentes detalhados agora.