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Parlamento aprova impeachment de presidente da Coreia do Sul

Presidente Park Geun-hye será afastada de suas funções políticas até a decisão final do Tribunal Constitucional

Park Geun-hye: membros do próprio partido da presidente deram às costas a ela e escolheram o impeachment (Kim Hong-Ji/Reuters)
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EFE

Publicado em 9 de dezembro de 2016 às 06h52.

Última atualização em 9 de dezembro de 2016 às 08h26.

Seul - O parlamento da Coreia do Sul aprovou nesta sexta-feira, com mais de dois terços dos votos, a destituição da presidente Park Geun-hye, envolvida no grave escândalo da "Rasputina coreana".

O "sim" para o processo de destituição ganhou com 234 votos a favor, 56 contra, sete nulos e duas abstenções, pouco mais de uma hora após começar a sessão, onde votaram 299 dos 300 representantes da Assembleia Nacional.

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A responsabilidade agora está com o Tribunal Constitucional, onde pelo menos seis de seus nove juízes devem dar o sinal verde para a decisão do parlamento, em processo que levaria, no máximo, 180 dias.

Enquanto se aguarda a decisão do Tribunal Constitucional, a presidente será privada imediatamente de todos seus poderes à frente do Estado, desde o controle do Exército até o direito a veto ou decisões de política externa.

Após receber oficialmente a resolução da Assembleia Nacional, Park deverá passar o poder para o primeiro-ministro, Hwang Kyo-ahn, que comandará provisoriamente o país.

O resultado da votação de hoje revela que a maioria dos 128 deputados do partido conservador da presidente Park (Saenuri) deram as costas a sua líder ao optarem pelo "impeachment".

A histórica decisão do parlamento foi celebrada efusivamente por centenas de opositores da presidente concentrados na frente da Assembleia Nacional.

Milhões de pessoas foram para as ruas nas últimas semanas em protestos em todo o país para exigir a saída da presidente por seu envolvimento no famoso caso da "Rasputina coreana".

A presidente foi apontada como cúmplice de Choi Soon-sil, sua amiga íntima acusada, entre outras coisas, de ter interferir em assuntos de Estado sem possuir cargo público, além de ter pressionado empresas para obter numerosas somas de dinheiro que ela teria se apropriado parcialmente.

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