Cachorros de estimação da ex-presidente sul-coreana Park Geun-hye (The Presidential Blue House/News1/Reuters)
EFE
Publicado em 14 de março de 2017 às 11h19.
Última atualização em 14 de março de 2017 às 11h27.
Seul - A ex-presidente sul-coreana Park Geun-hye está sendo criticada por defensores dos direitos do animais que consideram que a ex-líder abandonou seus nove cachorros na residência presidencial de Seul após se mudar.
Park deixou Cheong wa dae (em coreano, a "Casa Azul", a residência do chefe de Estado) no domingo e se mudou para sua casa no exclusivo bairro de Gangnam, ao sul da capital, depois que na sexta-feira o Tribunal Constitucional ratificou sua saída.
A ONG sul-coreana defensora dos direitos animais Care denunciou que Park não levou seus cachorros, que nunca foram vistos entrando em sua nova casa, o que suscitou as críticas de muitos internautas em redes como Twitter.
With Park Geun-hye out of the Blue House, what will happen to her dogs? https://t.co/3tT74KMHEA S. Korea pic.twitter.com/DQECpXl5cd
— 점잖은 고양이 (@saramimeonjeoda) March 14, 2017
Care ressaltou que dado o grande tamanho que alcançam na idade adulta estes animais, de raça Jindo (originária da ilha sul-coreana do mesmo nome), não é fácil encontrar alguém que esteja disposto a cuidar deles em um país tão superpovoado como a Coreia do Sul.
A ONG lembrou que muitos donos sul-coreanos se sentem incapazes de cuidar de seus Jindo quando crescem e que muitos acabam abandonados e nos matadouros, que vendem sua carne para preparar especialidades locais como a sopa bosintang.
Um porta-voz de Casa Azul confirmou hoje à Agência Efe que o pessoal da Casa Azul "está estudando a melhor maneira para dá-los para adoção" e considerou que as informações que falam que Park "deixou" os cachorros "estão longe de ser verdade".
O porta-voz relatou que a presidente pediu que os ex-funcionários buscassem alguém que possa "cuidar bem deles".
Durante o mandato de Park, o site oficial de presidência publicou repetidas fotos da governante posando com os animais.