Parentes de vítimas afegãs de Bales pedem sua execução
O sargento se declarou culpado por disparar contra civis
Da Redação
Publicado em 6 de junho de 2013 às 13h22.
Kandahar - As famílias de 16 afegãos assassinados em 2012 pelo sargento Robert Bales, que se declarou nesta quarta-feira culpado em um tribunal militar dos Estados Unidos, exigiram que o soldado americano seja executado.
Bales é acusado de ter saído de sua base no distrito de Pnajwayi, na província de Kandahar, na noite de 11 de março de 2012 e de disparar contra civis, matando principalmente mulheres e crianças, com um fuzil de assalto M4 e uma pistola 9 mm.
Na quarta-feira declarou-se culpado de 16 assassinatos diante da justiça militar americana, em uma audiência na base de Lewis-McChord (Estado de Washington, noroeste) para evitar, assim, ser condenado à pena de morte.
No Afeganistão , este anúncio revoltou os familiares das vítimas.
"Só podemos aceitar uma coisa, a execução deste homem. Disparou contra meus filhos, matou a minha mãe", declarou à AFP Samiullah.
Ele lembra ter voltado para casa, onde encontrou a "mãe morta, atirada no chão, em uma poça de sangue", enquanto seus dois filhos ficaram feridos.
Haji Naeem também foi ferido pelo sargento Bales, assim como seu filho. "Olhe o que fez comigo. Não posso mover o braço. Apenas sua execução acalmará nosso sofrimento. Queremos que seja executado, e que isso ocorra no Afeganistão", afirma.
A pena de morte figura entre os castigos possíveis do sistema penal afegão, baseado na lei islâmica. Embora tenha sido pronunciada raras vezes, a pena de morte pode ser aplicada em casos de assassinato, estupro e apostasia.
Durante a audiência, Bale foi interrogado sobre o motivo de seus atos, e afirmou não poder explicá-los: "Já me perguntei milhares de vezes desde então. Não há uma boa razão para explicar os atos horríveis que cometi", disse.
O advogado do sargento, John Browne, anunciou na semana passada que havia "alcançado um acordo com o exército para a retirada da pena de morte com a condição de que Robert Bales se declare culpado".
O julgamento propriamente dito começará no dia 19 de agosto e Bale solicitou um júri de 12 membros, um terço dos quais oficiais na ativa. A acusação não confirmou imediatamente se irá renunciar a pedir a pena de morte.
Kandahar - As famílias de 16 afegãos assassinados em 2012 pelo sargento Robert Bales, que se declarou nesta quarta-feira culpado em um tribunal militar dos Estados Unidos, exigiram que o soldado americano seja executado.
Bales é acusado de ter saído de sua base no distrito de Pnajwayi, na província de Kandahar, na noite de 11 de março de 2012 e de disparar contra civis, matando principalmente mulheres e crianças, com um fuzil de assalto M4 e uma pistola 9 mm.
Na quarta-feira declarou-se culpado de 16 assassinatos diante da justiça militar americana, em uma audiência na base de Lewis-McChord (Estado de Washington, noroeste) para evitar, assim, ser condenado à pena de morte.
No Afeganistão , este anúncio revoltou os familiares das vítimas.
"Só podemos aceitar uma coisa, a execução deste homem. Disparou contra meus filhos, matou a minha mãe", declarou à AFP Samiullah.
Ele lembra ter voltado para casa, onde encontrou a "mãe morta, atirada no chão, em uma poça de sangue", enquanto seus dois filhos ficaram feridos.
Haji Naeem também foi ferido pelo sargento Bales, assim como seu filho. "Olhe o que fez comigo. Não posso mover o braço. Apenas sua execução acalmará nosso sofrimento. Queremos que seja executado, e que isso ocorra no Afeganistão", afirma.
A pena de morte figura entre os castigos possíveis do sistema penal afegão, baseado na lei islâmica. Embora tenha sido pronunciada raras vezes, a pena de morte pode ser aplicada em casos de assassinato, estupro e apostasia.
Durante a audiência, Bale foi interrogado sobre o motivo de seus atos, e afirmou não poder explicá-los: "Já me perguntei milhares de vezes desde então. Não há uma boa razão para explicar os atos horríveis que cometi", disse.
O advogado do sargento, John Browne, anunciou na semana passada que havia "alcançado um acordo com o exército para a retirada da pena de morte com a condição de que Robert Bales se declare culpado".
O julgamento propriamente dito começará no dia 19 de agosto e Bale solicitou um júri de 12 membros, um terço dos quais oficiais na ativa. A acusação não confirmou imediatamente se irá renunciar a pedir a pena de morte.