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Paralisação de caminhões pode causar falta de combustível

Os caminhoneiros protestam contra a proibição de circular na Marginal Tietê e em outras vias da cidade

Com as interdições, a associação de caminhoneiros disse que um caminhão que vai de Barueri para São Paulo, que hoje percorre 32 km, passaria a rodar 143 km (Quatro Rodas)

Com as interdições, a associação de caminhoneiros disse que um caminhão que vai de Barueri para São Paulo, que hoje percorre 32 km, passaria a rodar 143 km (Quatro Rodas)

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Da Redação

Publicado em 6 de março de 2012 às 13h24.

São Paulo – A paralisação dos caminhões distribuidores de combustível pode causar desabastecimento na capital paulista. Os caminhoneiros protestam contra a proibição de circular na Marginal Tietê e em outras vias da cidade. A medida foi implantada em dezembro do ano passado, mas apenas com caráter educativo até hoje (5), quando a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) começou a multar os infratores.

A marginal foi incluída na zona onde os veículos pesados de carga não podem trafegar das 5h às 9h e das 17h às 22h de segunda a sexta-feira. Nos sábados a interdição é das 10h às 14h.

Segundo o vice-presidente da Associação Brasileira dos Caminhoneiros (Abcam), Claudinei Pelegrini, os transportadores não têm condições de arcar com o aumento de custos com a mudança de percurso.

Com as interdições, a associação disse que um caminhão que vai de Barueri (SP) para São Paulo, que hoje percorre 32 quilômetros (km), passaria a rodar 143 km. “Quem vai acabar pagando a diferença desse custo é o consumidor final. É combustível a mais, pedágio a mais, horas de trabalho a mais para os caminhoneiros”, enumera Pelegrini.

De acordo com o presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo do Estado de São Paulo (Sincopetro), José Alberto de Paiva Gouveia, com a paralisação os postos da cidade não receberam “uma gota de combustível” hoje. Ele estima que, se o movimento for normal, os estoques durem até quarta-feira (7).

Gouveia disse que vai encaminhar um ofício à prefeitura pedindo a volta das negociações com os caminhoneiros. “Não estamos pedindo nem a solução, porque não é problema que nós possamos resolver. Mas que eles pelo menos voltem à mesa de negociação”.

O Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo Urbano de Passageiros de São Paulo, informou que os estoques das empresas de ônibus que atendem a capital paulista são suficientes para garantir o abastecimento da frota até quarta-feira (7).

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