Paraguai vai às urnas e tenta conciliar economia com combate à corrupção
ÀS SETE - Eleitores têm a esperança de reafirmar o crescimento econômico do país e colocar um ponto final aos problemas de corrupção do governo anterior
Da Redação
Publicado em 20 de abril de 2018 às 07h18.
Última atualização em 20 de abril de 2018 às 07h28.
O Paraguai terá eleições para presidente neste fim de semana com a esperança de reafirmar seu crescimento econômico e colocar um ponto final aos problemas de corrupção do governo anterior. O difícil é conciliar crescimento econômico com estabilidade política.
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Pesquisas indicam que o país continuará sendo controlado pelo partido conservador Honor Colorado, mesmo com pouca aprovação da população – uma pesquisa mostrou que a aprovação do governo de Horacio Cartes, do mesmo partido, foi de 21%, em 2017.
O senador Mario Abdo Benítez - Filho de uma figura importante da ditadura paraguaia - é o candidato do partido, e está à frente de Efraín Alegre, representante da aliança entre direitistas e esquerdistas Ganar.
Se confirmada a previsão, Benítez herdará um país em pleno crescimento econômico, e com expectativas de crescer ainda mais. Segundo o Fundo Monetário Internacional (FMI), a expectativa é que a economia paraguaia cresça 4,5% neste ano, impulsionada pela agricultura. É bem acima da média da América do Sul, que deve crescer somente 1%.
Um dos segredos do crescimento do país foi a implementação da lei de Maquila. Criada em 2000, a lei prevê o incentivo para instalação de empresas estrangeiras no país com isenção de impostos para importação de máquinas, equipamentos e matéria-prima.
A contrapartida era que a empresa exportasse 100% de sua produção até completar o primeiro ano no regime e pagasse um imposto único de 1% sobre a sua fatura de exportação.
Se a economia vai bem, não se pode dizer o mesmo sobre a situação política. O governo do Paraguai enfrenta uma investigação sobre a suposta troca de favores entre membros juízes e empresas, intermediado por aliados do governo.
O caso de corrupção no Judiciário pode afetar as eleições e minar a capacidade de governo do próximo presidente. Por isso, Benítez precisa garantir uma maioria no Congresso para conseguir governar o país.