Para Yoani, governo de Cuba permanece fechado
Apesar de importantes reformas, a blogueira cubana ressaltou que "não foi dado nem um passo em reformas políticas, nada de liberdade de expressão"
Da Redação
Publicado em 12 de abril de 2013 às 15h12.
Lima - A blogueira e dissidente cubana Yoani Sánchez disse nesta sexta-feira, em Lima, que o governo de Raúl Castro realizou algumas flexibilizações em seu país, mas que estas não alcançam as reformas políticas, porque "o punho segue ferrenhamente cerrado".
"É verdade que ocorreram flexibilizações, como a compra e a venda de casas e carros, há a possibilidade de ter telefones celulares, podem ser feitos trabalhos por conta própria, o que é um eufemismo para se referir ao setor privado", disse à rádio RPP, de Lima.
No entanto, ela ressaltou que "não foi dado nem um passo em reformas políticas, nada de liberdade de expressão, nada de permitir que o povo se manifeste contra o governo", o que a levou a afirmar que "o punho segue ferrenhamente cerrado".
Sánchez, que está em Lima depois de ter iniciado em fevereiro uma viagem pela América Latina, explicou que o governo de Raúl Castro "foi hábil em exportar o mito das grandes reformas".
"As reformas foram assumidas não por gesto magnânimo, mas por desespero. Eles perceberam que se mantivessem a situação atual, e devido à situação de pressão social, iriam perder o poder", sustentou.
A dissidente cubana ressaltou que as autoridades de Havana adotaram algumas mudanças pelo fato de que "casas já eram compradas e vendidas na clandestinidade, assim como se fazia com os carros e os celulares que eram comprados dos turistas".
"As reformas de Raúl se caracterizam por aceitar o que não se pode impedir", disse, enquanto admitiu que, "de qualquer forma, houve um impacto, mas que não é notado na macroeconomia, e sim na microeconomia".
Lima - A blogueira e dissidente cubana Yoani Sánchez disse nesta sexta-feira, em Lima, que o governo de Raúl Castro realizou algumas flexibilizações em seu país, mas que estas não alcançam as reformas políticas, porque "o punho segue ferrenhamente cerrado".
"É verdade que ocorreram flexibilizações, como a compra e a venda de casas e carros, há a possibilidade de ter telefones celulares, podem ser feitos trabalhos por conta própria, o que é um eufemismo para se referir ao setor privado", disse à rádio RPP, de Lima.
No entanto, ela ressaltou que "não foi dado nem um passo em reformas políticas, nada de liberdade de expressão, nada de permitir que o povo se manifeste contra o governo", o que a levou a afirmar que "o punho segue ferrenhamente cerrado".
Sánchez, que está em Lima depois de ter iniciado em fevereiro uma viagem pela América Latina, explicou que o governo de Raúl Castro "foi hábil em exportar o mito das grandes reformas".
"As reformas foram assumidas não por gesto magnânimo, mas por desespero. Eles perceberam que se mantivessem a situação atual, e devido à situação de pressão social, iriam perder o poder", sustentou.
A dissidente cubana ressaltou que as autoridades de Havana adotaram algumas mudanças pelo fato de que "casas já eram compradas e vendidas na clandestinidade, assim como se fazia com os carros e os celulares que eram comprados dos turistas".
"As reformas de Raúl se caracterizam por aceitar o que não se pode impedir", disse, enquanto admitiu que, "de qualquer forma, houve um impacto, mas que não é notado na macroeconomia, e sim na microeconomia".