Mundo

Para senador do PT, é necessária revisão da poupança

Para o senador, o governo terá de calibrar a equação: garantir uma remuneração menor à poupança

Para o senador, o País não aguentará sustentar as mesmas garantias da poupança, dando a ela o mesmo rendimento de outras aplicações (Wilson Dias/ABr)

Para o senador, o País não aguentará sustentar as mesmas garantias da poupança, dando a ela o mesmo rendimento de outras aplicações (Wilson Dias/ABr)

DR

Da Redação

Publicado em 20 de abril de 2012 às 13h30.

Brasília - O senador Wellington Dias (PT-PI) disse hoje acreditar que o governo Dilma Rousseff tem a intenção de propor mudanças ao Congresso para mexer na remuneração da caderneta de poupança. Dias disse que, com o corte de 0,75 ponto porcentual da Selic na última quarta-feira, quando a taxa básica de juros chegou a 9%, tornou-se "necessária a revisão da poupança".

"Nós estamos chegando ao limite com esta taxa Selic. Quanto mais baixa a inflação e mais baixa a Selic, maior vai ser a necessidade de revisão da poupança", afirmou Dias, que tem participado dos principais encontros entre os senadores e a equipe econômica para discutir as mudanças propostas pelo Executivo ao Congresso que tem por objetivo reforçar o pacote de estímulo à economia lançado este mês.

Para o senador, o governo terá de calibrar a equação: garantir uma remuneração menor à poupança, por ter um risco menor, e um rendimento maior para o CDB, ações na Bolsa de Valores e outras formas de investimentos por incorrerem em um risco maior.

Para o senador, o País não aguentará sustentar as mesmas garantias da poupança, dando a ela o mesmo rendimento de outras aplicações. Ele acredita que a mudança legislativa na poupança ocorrerá quando e se a Selic cair mais 0,5 ponto porcentual, o que, na avaliação dele, deve ocorrer nos próximos dois meses.

Wellington defendeu que, mesmo diante de um ano eleitoral, o Executivo envie ao Congresso uma medida provisória para mudar a forma de remuneração da caderneta. Atualmente, a rentabilidade da poupança é de 6,17% ao ano mais a variação da taxa referencial (TR).

Ele disse que a alteração tem de ser feita por uma medida provisória e que estabeleça um prazo para ser implementada, o início do mês subsequente à sua aprovação pelo Congresso e sanção presidencial. "Tem que ser por MP, não tenho dúvida, senão criaria muita insegurança jurídica", afirmou.

Acompanhe tudo sobre:aplicacoes-financeirasPartidos políticosPolítica no BrasilPoupançaPT – Partido dos TrabalhadoresSenado

Mais de Mundo

MP da Venezuela convoca candidato opositor para depor na segunda-feira

Estado Islâmico reivindica ataque com faca que deixou três mortos na Alemanha

Inundações em Bangladesh levam 300.000 pessoas para abrigos de emergência

Alemanha prende suposto envolvido em esfaqueamento que deixou três mortos

Mais na Exame