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Para operadoras, liberar espectro da TV é interesse público

Disputa por espectro entre os serviços de radiodifusão e de telecomunicações foi discutida em evento em Amsterdã


	Telecomunicações: setor móvel na UE em 2013 representou 269 bi de euros, comparado a 48 bi da TV
 (rendo79 / SXC)

Telecomunicações: setor móvel na UE em 2013 representou 269 bi de euros, comparado a 48 bi da TV (rendo79 / SXC)

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Da Redação

Publicado em 12 de setembro de 2014 às 14h14.

Amsterdã - A eterna disputa por espectro entre os serviços de radiodifusão e de telecomunicações foi discutida pelo viés econômico no primeiro dia da IBC, que acontece entre 11 e 16 de setembro, em Amsterdã. GSM Association e Europe Broadcast Union (EBU) travaram um embate.

Segundo o diretor de políticas públicas da GSMA, John Giusti, é do interesse maior do público ampliar o uso de espectro para o serviço de dados móvel, pelo valor arrecadado em impostos com o serviço.

Segundo ele, esse valor ultrapassa todo o faturamento da TV aberta. "Não se trata apenas de um benefício econômico para as operadoras móveis, ou para os desenvolvedores de conteúdo, mas de um benefício econômico para o público. Se nos perguntarmos qual indústria traz maior valor econômico, a resposta não será ambígua.

O setor móvel na União Europeia em 2013 representou 269 bilhões de euros, comparado a 48 bilhões de euros da TV terrestre. O volume de impostos pagos apenas pelas operadoras móveis alcançou 53 bilhões de euros", disse.

Por outro lado, segundo o diretor de tecnologia e inovação da EBU, Simon Fell, o custo de transição de 120 milhões de lares para uma forma alternativa de serviço custaria bilhões.

Ele citou um estudo da EBU que aponta que o custo de limpeza da faixa da TV digital terrestre na Europa custaria quatro vezes mais que o benefício dessa limpeza (o leilão da faixa de frequência). O que estava em debate era a faixa de espectro abaixo dos 700 MHz.

Segundo o secretário geral da Broadcast Networks Europe, Lars Backlund, "liberar a faixa ou mesmo permitir uma coexistência no espectro abaixo dos 700 MHz impactará severamente na viabilidade da TV terrestre e poderá causar na falência de toda uma indústria", disse.

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