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Para FMI, controle de capital é opção para evitar crise

Diretor-gerente do fundo alertou para a possibilidade de fluxos de capitais serem nocivos à economia

Dominique Strauss-Kahn, diretor-gerente do FMI (Arquivo/Getty Images)

Dominique Strauss-Kahn, diretor-gerente do FMI (Arquivo/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 18 de outubro de 2010 às 13h39.

Xangai - O diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Dominique Strauss-Kahn, alertou hoje para os efeitos desestabilizadores dos fluxos de capital e falou sobre os méritos da implementação de controles de capital para evitar uma futura crise financeira. Strauss-Kahn afirmou que, para evitar uma crise futura, os países têm várias opções políticas, que incluem taxas de juros mais baixas, acumulação de reservas, política fiscal mais apertada e, em alguns casos, controles de capital.

"Por exemplo, com uma bolha imobiliária alimentada pelo crédito, instrumentos de prudência devem ser o caminho a seguir. Mas se o problema for fluxos de dívida alimentando um boom nos empréstimos com moeda estrangeira para tomadores de empréstimo desprotegidos, então a solução pode ser diferente e pode incluir controles de capital", disse a autoridade.

Strauss-Kahn elogiou o papel da Ásia como líder da recuperação econômica global, mas alertou que os fluxos de capital estão inundando a região. Embora eles possam aumentar o investimento e o crescimento se forem canalizados na direção certa, "alguns fluxos podem claramente ser desestabilizadores", disse. "Eles podem levar a um forte aumento da taxa de câmbio, booms de crédito, bolhas em preços de ativos e instabilidade financeira", acrescentou.

As declarações de Strauss-Kahn, feitas em reunião com representantes de bancos centrais em Xangai, na China, surgem em meio às crescentes preocupações com as consequências indesejáveis da liquidez excessiva gerada pelas políticas monetárias altamente frouxas nas grandes economias mundiais e com a falta de uma política universal bem coordenada em resposta à atual desaceleração econômica.

John Lipsky, vice-diretor-gerente do FMI, engrossou o coro. No mesmo evento, Lipsky disse que, embora os ajustes nas provisões orçamentárias e as políticas estruturais e cambiais sejam frequentemente respostas adequadas para o aumento dos fluxos de entrada de capital, "pode haver circunstâncias especiais nas quais os controles podem ser um instrumento útil e temporário para lidar com esse crescimento no capital". As informações são da Dow Jones.

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