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Para família queniana, Obama venceu por saber amar pessoas

Segundo a avó do presidente reeleito, Obama saiu vitorioso porque não gosta de divisões

Sarah Obama, a avó de Obama, e quenianos comemoram o resultado das eleições: muitos passaram a noite acordados até que os resultados apontassem Obama como vencedor (Tony Karumba/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 7 de novembro de 2012 às 10h52.

Kogelo - Kogelo, o povoado da família paterna de Barack Obama , comemorou nesta quarta-feira a reeleição como presidente dos Estados Unidos do filho do país, que ganhou "porque sabe amar as pessoas", segundo sua avó, Sarah Obama.

A terceira esposa do avô paterno do presidente americano reeleito não tem laços de sangue com ele, mas Obama disse que a considera sua avó postiça e até foi visitá-la em Kogelo em 2006, quando era senador.

Na manhã desta quarta-feira, os moradores deste pequeno povoado no oeste do Quênia, localizado entre colinas a cerca de sessenta quilômetros do Lago Victoria, foram à casa de "Mama Sarah", que, junto ao resto da família Obama, convidou os jornalistas a uma coletiva de imprensa realizada no jardim.

"Venceu pela graça de Deus", afirmou a avó de 90 anos. "E também porque sabe amar as pessoas, não gosta de divisões. Por isso ganhou", acrescentou em sua língua materna, o luo.

"A vitória de Obama ressoa especialmente no continente" africano, porque "em muitos de nossos países as divisões étnicas se opõem à construção de sociedades prósperas e tolerantes", considerou o primeiro-ministro queniano, Raila Odinga, de Nairóbi, a capital.

"O Quênia, como sempre, está orgulhoso de seus laços com o presidente americano", expressou o presidente queniano.

Para a avó de Barack Obama, sua reeleição é ainda mais importante que sua conquista do poder há quatro anos. "Tentou uma segunda vez e ganhou", disse.


Quando indagada sobre a decepção dos quenianos que esperavam uma visita do presidente Obama durante seu primeiro mandato, "Mama Sarah" respondeu que "não podemos nos amargar". Seu neto deve, principalmente, se ocupar dos Estados Unidos.

Em Kogelo, muitos habitantes passaram a noite acordados até que os resultados apontassem Obama como vencedor.

"Foi duro desta vez, nada a ver com a última vez", reconheceu Calvin Odinga. "Mas estamos felizes de que Obama tenha conseguido".

Este farmacêutico de 35 anos formou parte de um grupo que, em um local pequeno e escuro, se negaram a sair e dormir até o anúncio dos resultados.

"Tinha esperança", explicou Frederick Odinga, um funcionário local de 27 anos. "Sabia que os resultados dos bastiões de Obama sairiam mais tarde".

Foi preciso esperar até o amanhecer em Kogelo para que a CNN anunciasse a vitória do presidente americano na Califórnia e depois em todo o país, provocando uma explosão de alegria no povo.

No caminho para a escola, muitas crianças, a maioria descalças, se entretinham ao redor de uma alegre multidão. Alguns habitantes gritavam, entre tímidos e orgulhosos, "Obama sim!".

No entanto, alguns gostariam de ver Obama fazer mais pela África e pelo Quênia. O presidente americano só visitou um país do continente durante seu primeiro mandato, Gana.

"Ele nos decepcionou ao não vir ao Quênia (...) Esperamos que desta vez venha nos visitar", disse Jack Koyoko, um carpinteiro de 32 anos, para acrescentar depois: "esperamos que faça mais".

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Kogelo - Kogelo, o povoado da família paterna de Barack Obama , comemorou nesta quarta-feira a reeleição como presidente dos Estados Unidos do filho do país, que ganhou "porque sabe amar as pessoas", segundo sua avó, Sarah Obama.

A terceira esposa do avô paterno do presidente americano reeleito não tem laços de sangue com ele, mas Obama disse que a considera sua avó postiça e até foi visitá-la em Kogelo em 2006, quando era senador.

Na manhã desta quarta-feira, os moradores deste pequeno povoado no oeste do Quênia, localizado entre colinas a cerca de sessenta quilômetros do Lago Victoria, foram à casa de "Mama Sarah", que, junto ao resto da família Obama, convidou os jornalistas a uma coletiva de imprensa realizada no jardim.

"Venceu pela graça de Deus", afirmou a avó de 90 anos. "E também porque sabe amar as pessoas, não gosta de divisões. Por isso ganhou", acrescentou em sua língua materna, o luo.

"A vitória de Obama ressoa especialmente no continente" africano, porque "em muitos de nossos países as divisões étnicas se opõem à construção de sociedades prósperas e tolerantes", considerou o primeiro-ministro queniano, Raila Odinga, de Nairóbi, a capital.

"O Quênia, como sempre, está orgulhoso de seus laços com o presidente americano", expressou o presidente queniano.

Para a avó de Barack Obama, sua reeleição é ainda mais importante que sua conquista do poder há quatro anos. "Tentou uma segunda vez e ganhou", disse.


Quando indagada sobre a decepção dos quenianos que esperavam uma visita do presidente Obama durante seu primeiro mandato, "Mama Sarah" respondeu que "não podemos nos amargar". Seu neto deve, principalmente, se ocupar dos Estados Unidos.

Em Kogelo, muitos habitantes passaram a noite acordados até que os resultados apontassem Obama como vencedor.

"Foi duro desta vez, nada a ver com a última vez", reconheceu Calvin Odinga. "Mas estamos felizes de que Obama tenha conseguido".

Este farmacêutico de 35 anos formou parte de um grupo que, em um local pequeno e escuro, se negaram a sair e dormir até o anúncio dos resultados.

"Tinha esperança", explicou Frederick Odinga, um funcionário local de 27 anos. "Sabia que os resultados dos bastiões de Obama sairiam mais tarde".

Foi preciso esperar até o amanhecer em Kogelo para que a CNN anunciasse a vitória do presidente americano na Califórnia e depois em todo o país, provocando uma explosão de alegria no povo.

No caminho para a escola, muitas crianças, a maioria descalças, se entretinham ao redor de uma alegre multidão. Alguns habitantes gritavam, entre tímidos e orgulhosos, "Obama sim!".

No entanto, alguns gostariam de ver Obama fazer mais pela África e pelo Quênia. O presidente americano só visitou um país do continente durante seu primeiro mandato, Gana.

"Ele nos decepcionou ao não vir ao Quênia (...) Esperamos que desta vez venha nos visitar", disse Jack Koyoko, um carpinteiro de 32 anos, para acrescentar depois: "esperamos que faça mais".

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