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Para evitar protestos, Hong Kong tem polícia de choque dentro de shoppings

Manifestações pedem por eleições diretas para o governo local

Hong Kong: polícia de choque agora está presente dentro dos shoppings (Nigel Killeen/Getty Images)

Hong Kong: polícia de choque agora está presente dentro dos shoppings (Nigel Killeen/Getty Images)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 3 de novembro de 2019 às 10h23.

Hong Kong – A polícia de choque entrou em vários shoppings centers em Hong Kong neste domingo, 3, para tentar evitar novos protestos na cidade enquanto a líder local, Carrie Lam, vai à Pequim para negociações sobre um aprofundamento da integração econômica entre a China continental e o território semi-autônomo.

O gabinete de Lam afirmou hoje que a chefe do governo de Hong Kong está em Xangai, mas que irá a Pequim na terça-feira. Ela deve conversar com o vice-premiê chinês Han Zheng na quarta, e participar de uma reunião sobre o desenvolvimento da Grande Baía Guangdong-Hong Kong-Macau.

Com as intervenções da polícia, boa parte dos protestos não aconteceu neste domingo, mesmo após chamadas pela internet para que manifestantes se reunissem em sete locais para sustentar as reivindicações. Ainda assim, alguns grupos de manifestantes radicais vandalizaram prédios.

No shopping New Town Plaza, em Sha Tin, policiais afirmaram que manifestantes que gritavam slogans das manifestações entraram depois que manifestantes mascarados utilizaram extintores para vandalizar catracas e quebrar janelas. Em dois shoppings dos Novos Territórios, ao norte de Hong Kong, manifestantes vandalizaram lojas, jogaram tinta e atacaram uma unidade da rede de fast food japonesa Yoshinoya, que se tornou alvo dos protestos após seu proprietário manifestar apoio à polícia.

A polícia também entrou no complexo de shoppings City Plaza, na ilha de Hong Kong, depois que manifestantes picharam um restaurante. Uma corrente humana de dezenas de pessoas foi quebrada, e compradores se manifestaram contra os policiais.

Os protestos começaram em junho por conta do plano de permitir extradições de prisioneiros à China continental, do qual o governo desistiu. Desde então, o movimento passou a reivindicar outras demandas, como eleições diretas para os líderes de Hong Kong e um inquérito independente sobre a conduta da polícia nas manifestações.

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