Exame Logo

Para China EUA deviam olhar a própria situação e se calar

No documento, o Governo de Pequim destacou a influência do dinheiro nos resultados das eleições do país norte-americano, além da "compra e venda" de candidatos

O governo de Pequim reconheceu que o texto foi redigido em resposta ao relatório anual de Washington sobre os direitos humanos em mais de 200 países (Lintao Zhang/Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 25 de maio de 2012 às 13h54.

Pequim - O Governo chinês publicou nesta sexta-feira uma réplica ao relatório anual sobre direitos humanos dos Estados Unidos criticando a situação no país americano.

"Os EUA deveriam olhar para sua própria situação e ficar em silêncio", disse o texto divulgado pelo Conselho de Estado sob o título "Relatório dos direitos humanos dos EUA em 2011".

No documento, o Governo de Pequim destacou a influência do dinheiro nos resultados das eleições do país norte-americano, além da "compra e venda" de candidatos. O relatório ainda denunciou o apoio das empresas aos políticos em função do lucro de seus negócios.

"Os Estados Unidos estão se transformando no sistema do império do dinheiro", ressaltou o texto. O número de cidadãos americanos sem acesso a serviços de saúde, que aumentou para cerca de 50 milhões enquanto nove milhões perderam seus seguros médicos nos últimos dois anos, foi outro destaque do documento.

Em sua longa lista de acusações, a China também citou a liderança americana no mundo desenvolvido no número de armas e mortes violentas, os milhões de mendigos e o aumento do índice de pobreza entre crianças e mulheres.

O governo de Pequim reconheceu que o texto foi redigido em resposta ao relatório anual de Washington sobre os direitos humanos em mais de 200 países, que adverte sobre as condições em Estados como Irã, Coreia do Norte e China.

No caso do gigante asiático, país com o qual os EUA acabam de iniciar um diálogo bilateral em direitos humanos, Washington falou sobre a "deterioração" das liberdades em 2011 e mencionou o "assédio e detenção de membros da sociedade civil, inclusive de ativistas, jornalistas e dissidentes".

Em contrapartida, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Hong Lei, ressaltou em entrevista coletiva o progresso da China em direitos humanos nos últimos trinta anos e disse que sua população "tem o poder de opinar sobre esse tema".

"Os direitos humanos não deveriam ser utilizados como arma para atacar os demais", disse Hong. O porta-voz ainda recomendou que os EUA que abandonem "seus ideais incorretos e preconceituosos".

Há aproximadamente uma década, Pequim publica a cada ano um relatório atacando a situação dos direitos humanos dos EUA, um ou dois dias depois de Washington divulgar seu documento anual sobre a situação das liberdades fundamentais no mundo. EFE

Veja também

Pequim - O Governo chinês publicou nesta sexta-feira uma réplica ao relatório anual sobre direitos humanos dos Estados Unidos criticando a situação no país americano.

"Os EUA deveriam olhar para sua própria situação e ficar em silêncio", disse o texto divulgado pelo Conselho de Estado sob o título "Relatório dos direitos humanos dos EUA em 2011".

No documento, o Governo de Pequim destacou a influência do dinheiro nos resultados das eleições do país norte-americano, além da "compra e venda" de candidatos. O relatório ainda denunciou o apoio das empresas aos políticos em função do lucro de seus negócios.

"Os Estados Unidos estão se transformando no sistema do império do dinheiro", ressaltou o texto. O número de cidadãos americanos sem acesso a serviços de saúde, que aumentou para cerca de 50 milhões enquanto nove milhões perderam seus seguros médicos nos últimos dois anos, foi outro destaque do documento.

Em sua longa lista de acusações, a China também citou a liderança americana no mundo desenvolvido no número de armas e mortes violentas, os milhões de mendigos e o aumento do índice de pobreza entre crianças e mulheres.

O governo de Pequim reconheceu que o texto foi redigido em resposta ao relatório anual de Washington sobre os direitos humanos em mais de 200 países, que adverte sobre as condições em Estados como Irã, Coreia do Norte e China.

No caso do gigante asiático, país com o qual os EUA acabam de iniciar um diálogo bilateral em direitos humanos, Washington falou sobre a "deterioração" das liberdades em 2011 e mencionou o "assédio e detenção de membros da sociedade civil, inclusive de ativistas, jornalistas e dissidentes".

Em contrapartida, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Hong Lei, ressaltou em entrevista coletiva o progresso da China em direitos humanos nos últimos trinta anos e disse que sua população "tem o poder de opinar sobre esse tema".

"Os direitos humanos não deveriam ser utilizados como arma para atacar os demais", disse Hong. O porta-voz ainda recomendou que os EUA que abandonem "seus ideais incorretos e preconceituosos".

Há aproximadamente uma década, Pequim publica a cada ano um relatório atacando a situação dos direitos humanos dos EUA, um ou dois dias depois de Washington divulgar seu documento anual sobre a situação das liberdades fundamentais no mundo. EFE

Acompanhe tudo sobre:ÁsiaChinaDireitosEstados Unidos (EUA)Países ricosPolítica

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Mundo

Mais na Exame