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Para China, chefe dos direitos humanos é pouco profissional

A China lançou nesta quinta-feira um duro ataque contra o chefe de Direitos Humanos da ONU


	Desde que o presidente Xi Jinping chegou ao cargo, o Partido Comunista endureceu os controles sobre os direitos dos cidadãos chineses
 (Goh Chai Hin/Pool/Reuters)

Desde que o presidente Xi Jinping chegou ao cargo, o Partido Comunista endureceu os controles sobre os direitos dos cidadãos chineses (Goh Chai Hin/Pool/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 9 de julho de 2015 às 09h47.

A China lançou nesta quinta-feira um duro ataque contra o chefe de Direitos Humanos da ONU, considerando-o pouco profissional por suas críticas à lei nacional de segurança de Pequim, que contempla mais restrições dos direitos e liberdades.

O Alto Comissário para os Direitos Humanos das Nações Unidas, Zeid Raad al-Hussein, havia expressado sua preocupação depois que a China aprovou uma ampla legislação com a qual aumenta seu alcance legal sobre a internet.

A nova lei "deixa a porta aberta a maiores restrições dos direitos e liberdades dos cidadãos chineses, e inclusive a um controle da sociedade civil por parte das autoridades chinesas maior do que já existe", disse Zeid na terça-feira, segundo a ONU.

A ministra das Relações Exteriores e porta-voz chinesa Hua Chunying declarou que a China estava "muito descontente com, e oposta" aos comentários de Zeid, classificados por ela de "acusações sem base contra as ações legislativas normais" da China.

"Isso não apenas constitui uma interferência nos assuntos internos da China, mas também demonstra que é pouco profissional", acrescentou.

Este tipo de comentários tão diretos são pouco habituais por parte da China.

Desde que o presidente Xi Jinping chegou ao cargo, o Partido Comunista endureceu os controles sobre os direitos dos cidadãos chineses, tais como uma maior censura dos meios de comunicação e de internet.

No início desta semana foi publicado um projeto de lei sobre cibersegurança que colocou em alerta os grupos de defesa dos direitos.

O projeto permite às autoridades bloquear a internet em algumas regiões em caso de infração de segurança, segundo publicam meios de comunicação estatais nesta quinta-feira.

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