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Para aplacar protestos, governo da Colômbia propõe 3 dias sem imposto

Medidas foram anunciadas pelo governo de Iván Duque depois da convocação de uma nova greve geral por sindicalistas e a expectativa de mais protestos

Protestos contra o governo de Iván Duque na Colômbia: nova greve geral é convocada para quarta-feira (27) (Luisa Gonzalez/Reuters)
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EFE

Publicado em 26 de novembro de 2019 às 16h35.

Última atualização em 26 de novembro de 2019 às 16h45.

São Paulo – Enfrentando o quinto dia de protestos contra o seu governo, o presidente da Colômbia , Iván Duque, anunciou um pacote de medidas sociais para aliviar a pressão popular. O país se tornou o mais novo palco de turbulências políticas na América do Sul, que já registrou graves crises no Chile e na Bolívia.

Entre as propostas anunciadas por Duque nesta tarde estão a suspensão da cobrança do IVA (Imposto sobre Valor Agregado) por três dias a cada, a começar em 2020, e a restituição do IVA pago por famílias vulneráveis, que o governo estima corresponder a 20% da população da Colômbia. Há, ainda, a previsão da redução do aporte que é feito por aposentados de baixa renda para a saúde, que cairá dos atuais 12% para 8% no ano que vem e irá recuar até chegar em 4% em 2022.

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A tentativa de acalmar os ânimos no país acontece depois de os sindicatos envolvidos nas manifestações terem interrompido as negociações com o governo e após a convocação de uma nova greve geral para a quarta-feira (27) e a expectativa de novos protestos . As lideranças dos movimentos pretendem manter a paralisação por 24 horas.

Sindicatos suspendem negociação com governo

As centrais dos trabalhadores afirmam que o governo de Duque está preparando um "pacote" de reformas que causará forte impacto econômico e social sobre os trabalhadores, como a eliminação do fundo de pensão estatal Colpensiones, o aumento da idade da aposentadoria e a contratação de jovens com salários abaixo do mínimo, entre outras medidas.

Fonseca explicou que, às reivindicações iniciais, foram acrescentadas três novas demandas relacionadas ao "problema de saúde", "ao problema ambiental e de fraturamento" e ao desmantelamento do Esquadrão de Motim Móvel (Esmad) da polícia, que causou a morte do jovem Dilan Cruz, que foi gravemente ferido na cabeça no sábado por um artefato disparado por um agente da instituição e morreu na noite passada.

O jovem se tornou a primeira vítima fatal de violência policial no país desde o início dos protestos, na última quinta-feira, e se junta a outras três mortes em tumultos naquele mesmo dia nas cidades de Buenaventura e Candelaria, no departamento de Valle del Cauca.

"Hoje estamos de luto, estamos feridos por esta situação. Mas estamos avançando, pois o governo de Duque não atendeu aos pedidos dos trabalhadores ou de todos aqueles que se envolveram na organização da greve nacional do último dia 21 de novembro", acrescentou.

Os representantes do Comitê Nacional de Desemprego pararam a negociação com o governo pois desejam uma conversa direta com Duque, sem a participação de empresários ou outros setores. No entanto, o presidente disse que a partir de agora essas conversas "se estenderão a todo o território nacional falando às pessoas sobre coisas que nunca foram capazes de resolver", explicou Fonseca.

A vice-presidente Marta Lucía Ramírez disse que o governo tem "muitos pontos" de acordo com manifestantes em questões como reforma trabalhista, sustentabilidade ambiental, desenvolvimento agrícola e educação.

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