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Para 65% dos russos, EUA são 'agressor que quer controlar o mundo'

Apesar do resultado, opinião dos russos em relação aos americanos melhorou em relação a pesquisa anterior

Moscou, na Rússia: aumentou a quantidade de russos que defendem a melhoria da relação com os EUA (Wikimedia Commons/Wikimedia Commons)
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Da Redação

Publicado em 21 de março de 2011 às 14h17.

Moscou - Cerca de 65% dos russos veem os Estados Unidos como um "agressor cuja aspiração é ter o controle sobre todos os países do mundo", segundo revela uma pesquisa divulgada nesta segunda-feira pelo Centro Levada.

De acordo com os sociólogos, a opinião dos russos com relação aos EUA melhora paulatinamente, já que em 2007 76% dos entrevistados via o país como um agressor, e em 2011 esse número se reduziu para 65%.

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Por outro lado, o número de russos que considera os Estados Unidos um "defensor da paz, da democracia e da ordem" aumentou de 8% para 11%.

Neste sentido, 20% dos entrevistados consideram que as autoridades russas deveriam promover uma aproximação entre os países, o que representa um aumento de 4% com relação a 2007.

Ao mesmo tempo, nestes últimos quatro anos, o número de russos que acha que seu país deve se manter a distância em suas relações com os EUA caiu de 39% para 33%.

Os sociólogos observaram ainda uma mudança de atitude na população com relação às relações entre a Rússia e a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan).

O número de russos que se mostrou favorável a uma cooperação entre seu país e a Aliança aumentou de 23% para 39%, enquanto o número dos que pensam que a Rússia deveria ingressar nessa organização cresceu de 3% para 5%.

No entanto, o número de entrevistados que considera que seu país deve se opor a uma ampliação da Otan caiu de 25% para 16%.

Também foi reduzido o número de pessoas que defendem que a Rússia mantenha uma postura neutra em matéria de política internacional e de não adesão a nenhum bloco militar (de 36% para 27%).

A publicação desta pesquisa, realizada em 130 localidades de todo o país, coincide com a visita à Rússia do secretário de Defesa americano, Robert Gates, que nesta segunda-feira chamou Moscou para que estude a possibilidade de participar de coalizões internacionais.

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